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Ex-presidente da ABDI acusa secretário especial do Ministério da Economia de improbidade

Segundo Guto Ferreira, Carlos da Costa pediu que a agência arcasse com parte do custo de período sem agenda em Dubai, nos Emirados Árabes
12:14 | Set. 06, 2019
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Demitido nesta semana da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Guto Ferreira, detalhou as acusações que fez contra o seu chefe imediato, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa. A denúncia é de que da Costa teria cometido improbidade administrativa.

Em entrevista ao portal UOL, Guto Ferreira relatou que Carlos da Costa pediu que a agência arcasse com parte do custo de período sem agenda. A ABDI teria comprado uma passagem com escala em Dubai, nos Emirados Árabes, com duração de quatros horas e, segundo Ferreira, Carlos da Costa teria solicitado um período de 12 a 24 horas, sem justificar agenda na cidade para tal.

"Quando você tem uma viagem no serviço público é preciso apresentar uma agenda. Se não é apresentada a agenda não há como viajar", disse ao Uol.

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O ex-presidente da ABDI ainda acrescenta que denunciou o episódio dentro do Ministério da Economia, mas que "nada foi feito". Ferreira ainda promete que aparecerão outras denúncias "com provas documentais" contra seu ex-chefe.

Exonerado do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro, Ferreira deixou o cargo depois de adiantar à revista Veja, que o secretário especial do Ministério da Economia lhe fizera "pedidos nada republicanos".

Sobre o presidente, ele afirmou na entrevista que Bolsonaro não controla seu governo e que existem três alas independentes. A primeira, próprio Bolsonaro, outra da equipe econômica, e a terceira, do ministro da Justiça, Sérgio Moro. Já sobre o ministro Paulo Guedes, acusou de ele não dar a atenção necessária à indústria e à retomada do desenvolvimento.

"Para mim foi uma grande decepção a não apuração do caso. Maior decepção que a não apuração, que seria me colocar frente a frente com o secretário, é ouvir que eu menti", completou.

Procurado pela reportagem do UOL, o Ministério da Economia afirmou que Ferreira não apresentou quaisquer provas de ilegalidades que teriam sido praticadas por Costa. Já depois da repercussão, o ministério solicitou à assessoria de controle interno, no dia 2 de setembro, que "tomasse providências necessárias ao devido esclarecimento dos fatos noticiados, de modo a que se possa avaliar adequadamente eventuais desconformidades e riscos à integridade associados aos temas noticiados".

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