Quênia prende 'assassino em série' que confessou ter matado 42 mulheres
Segundo as autoridades de Náirobi, quando foi preso, o suspeito estava "atraindo outra vítima". Nove corpos mutilados foram achados em um aterro sanitário
A polícia do Quênia anunciou, nesta segunda-feira, 15, a prisão de "um assassino em série psicopata" que confessou ter matado 42 mulheres, após a descoberta de nove corpos mutilados em um aterro sanitário da capital, Nairóbi.
O suspeito que responde pelo nome de Collins Jumaisi Khalusha, de 33 anos, foi preso na madrugada desta segunda em Nairóbi, e "confessou que atraiu, matou e eliminou os corpos de 42 mulheres em um lixão", localizado em Mukuru, ao sul da capital, indicou em coletiva de imprensa o chefe da Direção de Investigações Criminais, Amin Mohammed.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Segundo as autoridades, quando foi preso, o suspeito estava "atraindo outra vítima".
"Estamos falando de um assassino em série, um assassino em série psicopata que não tem nenhum respeito pela vida humana", acrescentou Amin Mohammed.
O suspeito foi encontrado graças à análise do celular de uma das vítimas.
A polícia realizou buscas em seu domicílio e encontrou um machado que aparentemente "servia para esquartejar as vítimas", segundo Mohammed.
O funcionário explicou que o suspeito, que vive a 100 metros do lixão, contou que sua primeira vítima foi sua esposa, que ele a "estrangulou, antes de esquartejar seu corpo e jogá-lo" no aterro sanitário.
Segundo a polícia, os assassinatos aconteceram entre 2022 e 11 de julho de 2024.
Além disso, "um segundo suspeito" que tinha "um dos celulares de uma das vítimas" foi preso, disse Mohammed, sem dar mais detalhes.
Leia mais
Lixão fica a 100 metros de delegacia
Desde que as buscas no lixão foram iniciadas, na sexta-feira, foram encontrados nove corpos, dos quais pelo menos oito são mulheres, segundo as autoridades. A idade das vítimas oscila entre os 18 e os 30 anos, disse Mohammed.
A polícia foi muito criticada por esse caso, pois o lixão se encontra a menos de 100 metros de uma delegacia.
No domingo, uma multidão se concentrou perto do aterro para protestar, e foi dispersada pelos agentes com gás lacrimogêneo.
Dois dias antes, a autoridade independente de controle da polícia anunciou que investigará se o corpo armado pode estar envolvido nesses assassinatos.