Brasil ocupa 33º lugar em ranking de países seguros para turismo LGBTQIA+
Levantamento de site especializado em viagens listou dez parâmetros para definir segurança de destinos para pessoas LGBTQIA+; Brasil pontuou bem em quase todas as categorias, mas recebeu críticas pela violência
Um site especializado em análise de viagens elaborou um ranking para pessoas LGBTQIA+, considerando a segurança de diversos países para o turismo deste público. Na comparação, o Brasil ficou em 33º lugar.
O casal Asher e Lyric Fergusson acumula dezenas de destinos, e desde 2009 produz conteúdos sobre viagens. Em 2021, eles passaram a realizar um levantamento específico para o público LGBTQIA+, pesquisa que foi atualizada este ano.
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Ao todo, são 203 países, qualificados de acordo com dez categorias. As classificações abordam quesitos como proteção ou perseguição legal, considerando se relacionamentos homoafetivos são reconhecidos ou proibidos por lei; segurança para pessoas trans, que pesa a quantidade de assassinatos de indivíduos neste grupo e possibilidades de alterar o gênero em documentos; e uma pesquisa de opinião com moradores dos países.
Embora não tenha obtido a classificação máxima em apenas três aspectos (proteção a trabalhadores, defesa legal contra discriminação e pesquisa de opinião), o Brasil ficou longe do topo do ranking. Segundo os organizadores do estudo, o motivo foi a "violência amplamente documentada contra a população LGBTQIA+, especialmente pessoas trans".
Como resultado, o Brasil pontuou menos que países como a Croácia, que não reconhece casamentos homoafetivos, e Equador, que não permite adoção por pessoas LGBTQIA+. Nações mais desenvolvidas, porém, como Japão (sem proteções legais contra discriminação) e Mônaco (onde a transição de gênero é proibida por lei), tiveram posições piores no ranking.
Com placar de -200, o pior país na lista é Brunei. Além de não ter nenhuma proteção legal para pessoas LGBTQIA+, o sultanato pune práticas homoafetivas com morte por apedrejamento. Diversas outras nações, como Nigéria, Catar e Líbano, também penalizam a existência de pessoas LGBTQIA+.
No outro extremo da lista, Canadá, Suécia, Holanda, Malta e Portugal tiveram mais de 350 pontos. Nestes locais as proteções para pessoas LGBTQIA+ são amplas, incluindo direito à adoção por casais homoafetivos, retificação de documentos para pessoas trans, e garantias constitucionais contra discriminação.