"Eu e o pai dele estamos sem chão", diz mãe de autista agredido

"Eu e o pai dele estamos sem chão", diz mãe de autista agredido em Fortaleza

Um grupo de quatro indivíduos de uma torcida rival atacou o rapaz, que vestia a camisa da torcida de um time, e o agrediu com chutes e socos

A mãe do jovem autista agredido em um estabelecimento comercial no bairro Conjunto Ceará, na quarta-feira, 26, em Fortaleza, relatou, em entrevista ao O POVO, que a família está abalada com o crime. "Eu e o pai dele estamos sem chão. Ele é filho único, minha vida", desabafa a mulher.

O POVO opta por não publicar o nome da vítima e familiares por segurança. 

A vítima, de 29 anos, estava na área externa do comércio da família vestindo a blusa de uma torcida do Fortaleza Esporte Clube (FEC) quando foi agredida por um grupo de aproximadamente quatro indivíduos, que seriam de uma torcida rival. 

Filho único, o jovem permanece no comércio diariamente sob a supervisão da família. "Foi um acontecimento horrível, pois meu filho é especial, autista. Ele tem 29 anos, mas tem a mentalidade de uma criança" descreve a mãe.

Ela conta que todos no bairros gostam do jovem e que, no dia da agressão, o grupo teria rondado o local. "Foi uma crueldade o que fizeram com ele. Eu estava ajeitando as coisas do espetinho e esses meliantes estavam rondando, esperando a oportunidade de pegar ele", lembra.

Aos 49 anos, a mulher relata que nunca havia passado por uma situação parecida. Após as agressões, o filho aparenta estar traumatizado e comenta sobre o caso repetidamente.

"Por volta das 17h45, o churrasqueiro chegou e o pai dele foi passear com o cachorro. Eu o deixei cinco minutos sentado aqui fora para eles fazerem essa crueldade com meu filho. E hoje meu filho está... não sei como é a mente dele, ele fica só falando nisso e com medo", detalha.

No vídeo, é possível escutar o rapaz gritando pelo pai. "Ele gritou pelo pai dele; o pai dele havia saído com o cachorro para passear. Ele fala direto nisso, está traumatizado. A gente pede para ele não ver as filmagens, mas ele fica falando direto. Eu fico com medo também".

A mãe relata que registrou o Boletim de Ocorrência (B.O) por meio da Internet. O caso deve ser investigado pelo 12º Distrito Policial, delegacia responsável pela área. 

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