Garçom é condenado a 32 anos por feminicídio em 2024

Garçom é condenado a 32 anos por feminicídio no bairro Varjota em 2024

Vítima foi morta a facadas dentro de uma residência. Discussão teria sido por causa de valor cobrado em programa. Homem teve sentença proferida nessa quinta-feira, 23, pelo Tribunal do Júri
Atualizado às Autor Mirla Nobre Tipo Notícia

O garçom Antonio Carlos Sousa Pereira foi condenado a 32 anos de prisão pelo crime de feminicídio, após matar uma mulher a facadas durante uma discussão sobre o preço de um programa. O crime aconteceu em novembro do ano passado, no bairro Varjota, em Fortaleza. A sentença foi proferida pelo Tribunal do Júri, na quinta-feira, 23, no Fórum Clóvis Beviláqua.

A vítima foi identificada como Bruna Gonçalves Soares, de 30 anos. Ela era mãe de três filhos. A mulher foi morta no interior de uma residência após o acusado desferir inúmeros golpes de faca na região do pescoço e peitoral da vítima.

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Conforme a decisão, o crime aconteceu por motivo torpe. “O delito ocorreu por motivo fútil, consistente na divergência sobre valor pecuniário cobrado pela vítima e aquele inicialmente proposto”, consta texto da sentença.

Segundo os autos do caso, no dia 26 de outubro, policiais militares realizaram patrulhamento de rotina na região onde o crime aconteceu, quando foram acionados via Coordenadoria Integrada de Operações (Ciops) sobre uma denúncia de suposta lesão a faca em uma vila de casas no bairro.

Ao chegar no local, os policiais avistaram a vítima morta no chão, além das paredes e o chão estarem com marcas de sangue. O suspeito teria fugido pelos telhados da vizinhança, sendo localizado no quintal de uma das casas da vila.

No momento em que os policiais chegaram ao endereço indicado, Antônio Carlos teria já confessado o crime a testemunhas - “fui eu”. Ele estava com as mãos, rosto, roupas e braços sujos de sangue. O garçom foi preso em flagrante.

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A família da vítima, que não morava com ela, registrou um Boletim de Ocorrência após 72 horas sem notícias de Bruna. Segundo os autos, a família encontrou o corpo da vítima na sede da Perícia Forense (Pefoce), em Fortaleza.

Em audiência de instrução e julgamento, Antônio Carlos confessou o crime, ainda que alegando ter agido após a vítima ter pegado a faca da cozinha e o acertado na mão. O Conselho de Sentença da 5ª Vara do Júri de Fortaleza condenou o homem à pena de 32 anos, 6 meses e 15 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado.


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