Corridas de rua na Beira Mar terão mudanças no local de largada e horários de montagem
Início das corridas deve passar a ocorrer no aterro da Praia de Iracema e montagens de estruturas não poderão ser feitas de madrugada; Beira Mar terá "Manual de Boas Maneiras"
As corridas de rua na avenida Beira Mar, em Fortaleza, irão passar por alterações na realização. O início das provas deverá ocorrer no aterro da Praia de Iracema e no bolsão do clube Náutico, trechos menos residenciais daquele trecho da orla. A montagem dos equipamentos também não poderá mais ser feita durante a madrugada.
A informação foi confirmada pelo secretário da Regional II, Márcio Martins (União Brasil), durante entrevista à rádio O POVO CBN na manhã desta sexta-feira, 24. As medidas buscam reduzir o incômodo sonoro das corridas após reclamações de moradores da Beira Mar.
De acordo com o secretário, agentes da Regional II receberão hora extra para acompanhar a chegada e montagem das estruturas usadas nas corridas, além de fiscalizar o cumprimento dos novos locais de largada e o uso de paredões de som, o que já é proibido por lei na cidade desde 2011.
“Continuo acreditando que essas atividades possam acontecer na Beira Mar, mas sem os exageros, sem os excessos, focando na atividade fim, na atividade principal que é a corrida de rua”, pontuou.
Martins também sinalizou para a criação de um “Manual de Boas Maneiras” da avenida Beira Mar, que deverá contar com a participação de seis pastas municipais, a fim de estabelecer normas para o compartilhamento da orla.
O projeto deverá ser apresentado em reunião com o prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), ainda nesta sexta-feira. A Regional também mantém conversas com a Câmara Municipal da Capital (CMFor) para aumentar a responsabilização das empresas realizadoras das corridas sobre a limpeza da Beira Mar pós-evento.
“Tenho discutido de forma muito ampla com o presidente da Câmara, Léo Couto (PT), até onde podemos fazer alguma mudança de legislação para que possa deixar uma responsabilidade maior prevista em lei para o ente privado. Que em nenhum momento se confunda que sou contra o lucro, as pessoas devem empreender, mas desde que não comprometa os serviços públicos”, concluiu.
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