Fortaleza: manifestantes protestam em supermercado após denúncia de transfobia

Fortaleza: manifestantes protestam em supermercado após denúncia de transfobia

Cabeleireira relatou ter sido vítima do crime no final de junho; protesto exigiu retratação pública e ações do estabelecimento para evitar novos casos

Manifestantes realizaram neste sábado, 5, protesto em denúncia a um caso de transfobia relatado em uma filial do supermercado Frangolândia, em Fortaleza. O ato ocorreu em frente à unidade da rede no bairro Varjota.

No fim de junho, a cabeleireira e miss Alessandra Oliveira afirmou ter sido vítima do crime, ocorrido no estabelecimento. Segundo o relato de Alessandra, uma funcionária teria perguntado a colegas se ela era um homem ou uma mulher. Ela afirma que, após questionar o motivo do tratamento, passou a ser constrangida pela mulher, que teria se exaltado.

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Os manifestantes se reuniram portando bandeiras e, com caixas de som e microfones, cobraram ações sobre o acontecido. Participaram do ato entidades como a União Nacional LGBT (UNALGBT) e a Associação de Travestis e Mulheres Transexuais do Ceará (Atrac), além de ativistas da causa LGBT.

O protesto elencou uma série de pautas à empresa e às autoridades. Os manifestantes apresentaram as seguintes demandas:

  1. Ações do supermercado para garantir os direitos de pessoas LGBTQIA+, não se limitando a um pedido de desculpas
  2. Retratação pública e reparação à vítima por danos morais
  3. Formação obrigatória sobre direitos humanos para funcionários da rede, em especial sobre a pauta de diversidade sexual e de gênero
  4. Que a funcionária envolvida no caso passe por uma "punição educativa" e "com foco em reflexão e mudança de postura"
  5. Acompanhamento da denúncia à Polícia Civil do Ceará (PC-CE)

Vítima não foi contatada pelo supermercado, dizem manifestantes

Segundo o grupo, a vítima não foi contatada pelo Super Frangolândia para receber nenhum tipo de assistência. Os manifestantes também não foram recebidos por representantes da empresa durante ou após o protesto.

No dia, Alessandra recebeu orientação da Secretaria da Diversidade do Ceará (Sediv), por meio do Centro de Referência LGBT Thina Rodrigues, e registrou Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou Orientação Sexual (Decrim). Nem a Sediv, nem a PC-CE, todavia, forneceram atualizações sobre o caso após isso.

A reportagem contatou a Sediv, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), e o Super Frangolândia, questionando sobre o andamento do caso e ações tomadas até o momento. Até o fechamento deste texto, nem os órgãos, nem a empresa, haviam respondido às demandas. Caso haja retorno, a matéria será atualizada.

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