Mutirão sobre alergia à proteína do leite é realizado em Fortaleza

Os atendimentos do Hospital Albert Sabin buscam oferecer acompanhamento especializado para crianças com alergia à proteína do leite de vaca, além de entrega da fórmula

O Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) contou com a presença de pais e crianças reunidos na manhã de sábado, 21, para o novo mutirão do Programa de Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV).

A ação objetiva atender crianças que necessitam iniciar o tratamento.

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O atendimento, realizado no ambulatório de especialidades, apresentou médicos disponíveis para a demanda de cerca de 180 crianças de Fortaleza e do interior do Estado, previamente agendadas.

“Eu estava na lista de espera. Aí ligaram e disseram que a consulta tinha sido marcada para hoje”, relata a manicure Rodinelia Brito, 40, natural de Sobral.

Ao lado de seu filho, a profissional se deslocou até a capital, Fortaleza, com o auxílio da Secretaria de Saúde de seu município.

Mutirão do Programa APLV: sintomas

Os sintomas de alergia à proteína do leite se dividem entre reações imediatas, tardias ou mistas. As primeiras incluem urticária e inchaço dos lábios e olhos, além de vômito e/ou diarreia seguidos à digestão do bebê.

“O sintoma mais forte é a dermatite atópica. Eles (os bebês) ficam bem avermelhados, com a pele bem seca e irritada, como se fosse uma queimadura”, explica a professora Lara Menezes, 36, sobre a experiência com as suas crianças.

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Lara informou estar participando do mutirão pela primeira vez com o filho mais novo, mas que já fazia parte do programa. “Eu já tive outro filho com APLV também, esse é o segundo”, completa, apontando para o bebê que está amamentando.

“Eu precisei tirar várias coisas da minha alimentação de leite e derivados (para a amamentação). Não é só a lactose, é a proteína do leite de vaca”, diz.

Mutirão do Programa APLV: distribuição da fórmula

Para o costureiro Francisco Costa Sousa, 40, de Quixeramobim, a chance de integrar o Programa APLV é uma oportunidade de manter a alimentação do filho, considerando a distribuição gratuita da fórmula infantil “Neocate”, cuja unidade pode chegar a R$ 282.

“Como é que você com um salário mínimo mantém uma casa funcionando e a alimentação do filho? Você tem que escolher, uma coisa ou outra. Então a importância do programa é que ele possibilita noites de sono tranquilas, sabendo que o seu filho vai estar bem alimentado”, confessa.

Mutirão do Programa APLV: origem da iniciativa

O Programa APLV foi iniciado em 2005, incluindo apenas a disponibilização da fórmula infantil para a criança. Atualmente, o serviço se expandiu com uma rede de profissionais gastroenterologistas, alergologistas, nutricionistas, psicólogos e enfermeiros.

“A gente tem uma fila de espera de crianças, tanto do interior, quanto da capital, que pretende zerar até o final do ano”, esclarece a secretária de Saúde do estado do Ceará, Tânia Mara Coelho, ao O POVO. “Já é o terceiro mutirão que a gente faz aqui no (hospital Albert) Sabin”, adiciona.

“A criança é avaliada, se ela realmente tiver intolerância à proteína do leite de vaca ela já sai daqui com a fórmula e passa a ser acompanhada pelo programa (APLV). Passa a receber, até quando for necessária, a fórmula do leite”, explica Coelho.

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