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Unesco abre inquérito para investigar assassinato de dono do portal Pirambu News

A linha de investigação mais provável para a morte do jornalista é a de retaliação contra pela publicação de uma matéria sobre a prisão de um homem preso ligado a um grupo criminoso

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) pediu abertura de um inquérito para apurar o assassinato do jornalista Givanildo Oliveira, conhecido como Gigi, dono do portal de notícias Pirambu News. O homem foi morto a tiros na cabeça no dia 7 de fevereiro na avenida Doutor Theberge, em Fortaleza.

A chefe da Unesco, Audrey Azoulay, disse que o crime é um ataque à liberdade de expressão e de imprensa. Ela cobrou que as autoridades brasileiras devem se empenhar com todos os esforços para elucidar o crime e levar os responsáveis à Justiça. Conforme apuração do O POVO, a linha de investigação mais forte sobre a morte do homem até o momento aponta para uma retaliação pela publicação de uma matéria sobre a prisão de Francisco Airton Vieira Araújo, suspeito de duplo homicídio no dia anterior à morte do jornalista.

O mandante do duplo homicídio seria Carlos Mateus da Silva Alencar, 25 anos, conhecido como "Skidum", apontado como chefe da facção criminosa Comando Vermelho (CV) no bairro Pirambu e um dos homens mais procurados do Estado. O motivo das mortes seria porque as vítimas “rasgaram a camisa” do CV, anunciando que não integrariam mais o grupo.

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De acordo com o perfil do Pirambu News, a página é voltada para estudantes de jornalismo e jornalistas formados nas periferias, por meio de um trabalho de jornalismo independente. No Instagram, a página acumulava mais de 67 mil seguidores. O veículo publicava, entre outros conteúdos, informações sobre criminosos da região e Oliveira já havia recebido ameaças de morte pelas postagens.

Em nota, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lamentou a morte do jornalista e repudiou o crime, que, segundo a entidade, “apresenta todos os indícios de ser uma retaliação ao seu trabalho como jornalista”. “A Associação espera que o Estado seja rápido na apuração do crime e que os responsáveis sejam punidos. É inadmissível que um jornalista seja morto ao exercer sua profissão”, considerou.

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