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Solidariedade do fortalezense marca resgates das vítimas de desabamento em Fortaleza

O prefeito Roberto Cláudio frisou o comportamento solidário do povo de Fortaleza, que tem ajudado os profissionais e feito doações

O olhar do socorrista Maia expressava o cansaço de quem estava há mais de 12 horas entre escombros do desabamento de prédio que ocorreu nesta terça-feira, 15, em Fortaleza. Apesar disso, ele não hesitou ao ser indagado se permaneceria ali. "Vou passar a noite toda".  A ação era de um dos profissionais que se colocaram como voluntários durante a tragédia no Edifício Andréas. Até a noite desta terça nove pessoas foram resgatadas e outras nove seguem nos escombros.  

Um bombeiro do Distrito Federal, que estava de férias em Fortaleza, também esteve nos resgates voluntários. Pessoas deixavam alimentos, água e grupos permaneciam controlando entrada e saída das pessoas do local de isolamento. Um ponto de apoio com alimentos e água para os profissionais que ajudavam nas buscas também foi montado. 

Em meio à situação, um homem chega, por volta das 18 horas, e pergunta a um policial na entrada de um dos trechos do desabamento: "Vocês precisam de ajuda?". Cada fortalezense ou pessoa que estivesse ali tentava ser útil. A solidariedade das pessoas foi percebida pelo prefeito Roberto Cláudio, que concedeu entrevista coletiva no fim da tarde e frisou o trabalho feito pelos voluntários.

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Ainda nesta terça, grupos se reuniram para arrecadar alimentos que estão sendo destinados para o local da tragédia. Os amigos de um universitário chamado Davi Sampaio, que sobreviveu ao desabamento, iniciaram uma vaquinha para ajudá-lo. O jovem, que é estudante de arquitetura, chegou a enviar fotografia e um áudio enquanto estava soterrado. Ele tentava tranquilizar os colegas do grupo de WhatsApp.

Em meio à ambulâncias, viaturas da Polícia e voluntários, uma mulher com um cachorro da raça Dachshund nos braços saía de um dos trechos com escombros. Moradora do 7º andar, ela relata que não estava em casa no momento do desabamento e a filha estava na escola, mas Luke se encontrava no apartamento.

Com alguns ferimentos já cobertos por curativos, o cão de 10 anos de idade seria levado para o veterinário. A tutora, por sua vez, ainda emocionada com tudo o que havia acontecido, apenas afirmou que estava apressada. Durante a entrevista, ela não comentou sobre o que havia perdido no apartamento, mas parecia feliz com o que tinha de mais importante: a vida dela e de seus entes queridos.

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