BNB e BNDES vão trabalhar juntos no financiamento de hidrogênio verde

Papel dos bancos é de complementaridade, segundo reforçaram Aloísio Mercadante e Paulo Câmara

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), principais instituições de fomento em atuação na região, devem trabalhar juntos no financiamento dos projetos de hidrogênio verde em desenvolvimento nos estados nordestinos.

É o que afirmou Aloísio Mercadante, presidente do BNDES, durante a abertura da 54ª Reunião Anual da Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (Alide), que vai até a próxima sexta-feira, 17.

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"O nosso trabalho é complementar. Juntos, nós conseguimos alavancar projetos estruturantes para o desenvolvimento do Nordeste", afirmou.

Paulo Câmara, presidente do BNB e anfitrião do evento, recordou que "o presidente Lula foi muito claro ao dizer que não somos concorrentes, somos complementares." "Então, a gente atua sempre conversando, e não é só o BNDES e o BNB. É a Caixa, o Banco do Brasil, todos fazendo com que as coisas aconteçam", reforçou.

Taxas e competição

Mercadante citou taxas competitivas com as quais o Banco do Nordeste dispõe, a exemplo da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJPL), e são menores que a Taxa de Longo Prazo (TLP) operada pelo BNDES, o que dá dinamismo às instituições no financiamento complementar de projetos.

Ele considerou que os bancos estiveram afastados do setor produtivo nos últimos anos, fazendo uma referência direta ao governo Bolsonaro, e disse que a meta atual é reaproximar BNDES e BNB dos investidores nacionais e internacionais.

Energias renováveis no foco

"O BNDES, pela Bloomberg, é o banco que mais financiou energia renovável na história. Foram US$ 85 milhões. Hoje, nós estamos com programa muito forte em eólica e solar, inclusive no Nordeste juntamente com o BNB", falou o presidente do BNDES.

Segundo contou, o hidrogênio verde entra na segunda etapa dessa tarefa desempenhada pelas instituições. Nesta estratégica, contou, devem apoiar as ações do Consórcio Nordeste, uma vez que os governadores dos nove estados da Região têm nas energias renováveis uma das principais áreas de desenvolvimento econômico e social.

"Tudo que os estados nordestinos estão conversando nesta área, o Banco do Nordeste tem participado e vamos querer estar juntos. Hidrogênio verde é a agenda do futuro e a gente vai querer ajudar financiando e fazendo com que esses projetos gerem emprego e garanta um futuro melhor na nossa Região", declarou o presidente do BNB.

"Vamos dar um salto histórico na capacidade de produzir energia e atrair investimentos", projetou Mercadante. No entanto, a "primeira resposta" na área verde, segundo ele, deve ser via etanol, metanol e diesel verde. Os combustíveis estão na mira do governo federal e devem contar com o estímulo do BNDES.

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