Geração de empregos no Ceará é a maior desde antes da pandemia

O setor que mais contratou no Estado durante o mês de agosto de 2021 foi a área de serviços, com saldo de pouco maior de 7,8 mil novos postos de trabalho

A geração de empregos no Ceará apresenta cenário positivo em relação ao processo de recuperação econômica. Em agosto de 2021, o Estado contratou mais trabalhadores do que demitiu e gerou 16,5 mil postos no mercado formal. Este é o melhor cenário desde antes da pandemia, ainda do início da série histórica do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de janeiro de 2020. 

Na comparação com outros estados, em agosto deste ano, com registro de 48.232 contratações e 31.725 demissões, o desempenho do Ceará foi o terceiro melhor do Nordeste. Os dados foram revelados pelo Ministério da Economia, na manhã desta quarta-feira, 29 de setembro.

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Cenário positivo se mantém em desenvolvimento desde abril deste ano. O último saldo negativo de empregos registrado no Ceará foi em maio, quando houve mil demissões a mais do que o número total de contratações. 

"O Estado do Ceará na retomada da economia tem tido uma curva positiva, gradual e constante de crescimento. Isso mostra que foram acertadas as medidas de restrição e também a condução da reabertura responsável", avalia Vladyson Viana, presidente do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT) no Ceará.  

Geração de emprego no Ceará por setores

A distribuição das novas contratações ocorre de forma não linear entre os setores econômicos do Estado. Entre os setores que mais contrataram no mês de agosto do Ceará estão o segmento de serviços e da indústria.

No oitavo mês do ano, o setor de serviços empregou mais que demitiu, com 7,8 mil contratos formais no Estado, enquanto a indústria de modo geral teve saldo final de 3,5mil contratados. Entre os grandes segmentos, o que menos realizou mais admissões foi a agropecuária, com 725 novas vagas abertas no último mês. O panorama geral ficou da seguinte forma:

>> Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura - 725mais admissões que demissões

>> Indústria Geral - 3.538 mais admissões que demissões

>> Construção - 1.834 mais admissões que demissões

>> Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas - 2.569 mais admissões que demissões

>> Serviços - 7.841 mais admissões que demissões

No acumulado de 2021, o Ceará registra 312 mil admissões e 250 mil desligamentos. Entre janeiro e agosto de 2021, o cenário positivo reflete-se no registro de aproximadamente 62 mil postos de trabalho. Resultado é o segundo maior saldo entre os noves estados do Nordeste, atrás apenas da Bahia que em igual período registra 98,8 mil contratações.

"Em 2020, nós tivemos um déficit de mais de 48 mil vagas. Mas só até agosto de 2021, nós já recuperamos o número de vagas perdidas em 2020 e fomos além com mais de 10 mil novos empregos gerados. Isso mostra que a economia cearense está se recuperando, tem mostrado reação, os empreendedores voltaram a investir e demandar mão de obra, fazendo a economia girar", destaca Vladyson.

Cenário positivo acompanha as últimas informações sobre o somatório das riquezas produzidas no Estado. Com ritmo de crescimento acima da média nacional, o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará deve apresentar saldo positivo de 6,24% conforme as mais recentes projeções do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Saldo é suficiente para recuperar a retração sofrida durante período pandêmico.

As projeções para geração de empregos no Ceará também são otimistas em virtude da sazonalidade aquecida da economia nos últimos meses do ano devido as festividades de natal e liberação de abonos salariais. Para o presidente do IDT no Estado, a interligação entre ações governamentais e iniciativas do setor privado é fundamental para que a retomada da economia tenha continuidade. 

"Tanto em decorrência do fomento de politicas publicas, como o contexto conjuntural do fim de ano nós teremos ainda um crescimento do saldo ainda mais expressivo, talvez o maior do Nordeste. A retomada econômica precisa de uma sinergia entre setor público e privado, não existe emprego sem os empreendedores e empresários e eles precisam do amparo governamental para crescer", analisa Vladyson. 

O representante do IDT no Ceará destaca ainda que as projeções positivas para o aumento na geração dos empregos no Estado estão associadas a um aumento na procura das unidades cearenses do Sistema Nacional de Emprego Instituto de Desenvolvimento do Trabalho.

"Nós estamos começando a sentir essa demanda maior de pessoas querendo se reinserir no mercado formal, é algo recente e que indica que quem está desempregado também começa a ficar mais esperançoso na recuperação econômica", complementa.

Entre as dicas fornecidas por Vladyson estão a atualização constante do cadastro profissional nos sistemas do Sine/IDT, além da busca por novas capacitações profissionais. "Em 2022 teremos grande oferta de vagas de empregos com qualificação segmentada e melhores remunerações, especialmente impulsionada pelos investimentos no setor de energia renovável", finaliza. 

Para o consultor, o Estado passará por uma transformação no processo de busca de mão de obra, demandando uma maior especialização técnica dos profissionais, mas também com oferta de grande quantidade de vagas e com remunerações acima da média. 

Saldo de empregos no Brasil

O Brasil registrou um saldo de 372.265 novos trabalhadores contratados com carteira assinada em agosto de 2021. O saldo é o resultado de um total de 1.810.434 admissões e 1.438.169 desligamentos. Ainda de acordo com o Caged, o salário médio de admissão caiu 1,42% na comparação com o mês anterior, ficando em R$ 1.792,07.

No acumulado no ano, o Brasil passou a somar 2.203.987 postos ocupados, decorrente de 13.082.860 de admissões e de 10.878.873 demissões. O estoque nacional, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, em agosto de 2021, contabilizou 41.566.955, o que representa uma variação de 0,9% em relação ao estoque do mês anterior. (Agência Brasil)

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