10 lendas urbanas macabras de dar medo no Brasil
Conheça e relembre histórias sombrias e misteriosas que assombram gerações continuam vivas no imaginário popular
05:45 | Out. 28, 2025
O Halloween se aproxima, será celebrado na próxima sexta-feira, 31 de outubro, e, com ele, voltam à tona as histórias que arrepiam até os mais céticos.
Mas não é preciso atravessar o oceano para encontrar criaturas aterrorizantes ou aparições fantasmagóricas. O Brasil também tem suas próprias lendas urbanas, que misturam medo, mistério e um toque de folclore.
Leia mais
Lendas urbanas macabras no Brasil
A seguir, conheça dez histórias macabras que marcaram o imaginário popular em diferentes regiões do País:
A loira do banheiro
Clássico das lendas urbanas, a Loira do Banheiro assombra gerações de estudantes. A história surgiu em Guaratinguetá (SP) e estaria ligada a Maria Augusta de Oliveira, jovem da elite paulista que morreu tragicamente aos 26 anos.
Enterrada na propriedade que se tornaria uma escola, seu espírito passou a ser associado a aparições misteriosas nos banheiros. Segundo a lenda, a mulher vestida de branco e de longos cabelos loiros surgia para assustar crianças sozinhas.
Há quem diga que basta chamá-la três vezes diante do espelho, bater a porta e puxar a descarga para despertar a assombração.
Leia mais
Curacanga
Entre o Pará e o Maranhão, há quem jure ter visto uma bola de fogo cruzando os campos nas noites quentes de verão.
No centro da luz, estaria a cabeça de uma mulher com olhos e cabelos em chamas; a temida Curacanga, ou Cumacanga.
Diz a tradição que, à meia-noite de sextas-feiras ou nas noites de lua cheia, sua cabeça se desprende do corpo e vaga pelos campos, aterrorizando os que cruzam seu caminho.
O corta-bundas
Entre 1984 e 1987, o bairro José Walter, em Fortaleza, capital do Ceará, viveu sob medo. Um homem invadia casas durante a madrugada e cortava as nádegas de mulheres e crianças dormindo.
O criminoso, Evandro Oliveira da Silva, confessou dez ataques e foi preso em 1987. Diferente das outras histórias, o Corta-Bundas não é somente lenda e sim um caso real que marcou a memória da cidade.
O fantasma de Tereza Bicuda
Em Jaraguá (GO), conta-se a história de Tereza Bicuda, uma mulher cruel que maltratava a própria mãe. Antes de morrer, a mãe a amaldiçoou.
Depois da morte de Tereza, seu espírito passou a vagar pelas ruas, gritando e praguejando.
Mesmo após várias tentativas de mudar seu túmulo de lugar, as assombrações continuaram. Hoje, o Córrego da Tereza Bicuda é considerado um dos locais mais temidos da cidade.
Leia mais
O Bradador
Nos campos do Sul e do Centro-Oeste, fala-se do Bradador, uma alma penada condenada a vagar e gritar pelas noites. Em vida, teria sido um homem cruel e violento, especialmente com a própria mãe.
Ao morrer, a terra recusou seu corpo, e ele foi condenado a vagar pelos campos. Seus gritos e lamentos ecoam à distância, causando pavor em quem os ouve.
Procissão das Almas
Em Mariana (MG), corre a história de uma mulher fofoqueira que viu, certa noite, uma procissão silenciosa passando em frente à sua janela. Os participantes estavam cobertos por panos brancos e levavam velas acesas, entre eles, a própria Morte.
Uma das figuras entregou-lhe uma vela, pedindo que a guardasse. Ao amanhecer, a mulher acordou ao lado de um osso de criança. Morreu de susto, e desde então, a Procissão das Almas é lembrada como aviso para quem desafia o descanso dos mortos.
Leia mais
O chupa-cabra
Nos anos 1990, o país foi tomado por um pânico rural. Em várias regiões, cabras foram encontradas mortas, sempre com ferimentos no pescoço, como se tivessem sido atacadas por uma criatura sobrenatural.
Os moradores juravam ter visto o chupa-cabra, um ser de aparência extraterrestre que rondava fazendas à noite. O caso se espalhou pelo Brasil, e antes disso, por Porto Rico, sem nunca ter uma explicação definitiva. Até hoje, o mito resiste, alimentado por relatos de supostos avistamentos.
O Capelobo
Criatura das florestas do Norte, o Capelobo é descrito como um ser coberto de pelos, com focinho de tamanduá e um único olho na testa. À noite, ele persegue caçadores e viajantes.
Diz-se que o Capelobo mata esmagando o crânio da vítima e sugando o cérebro, e que só pode ser destruído com um golpe mortal no umbigo. Mistura de mito indígena e folclore regional, ele é considerado o “lobisomem amazônico”.
A emparedada do Recife
No Recife do século XIX, um comerciante enfurecido decidiu emparedar viva sua própria filha, após descobrir que ela engravidara de um malandro.
A história, publicada como folhetim por Carneiro Vilela, ganhou fama nas ruas e virou lenda. Moradores afirmam ouvir gritos abafados e correntes vindos do casarão na Rua Nova, no bairro Santo Antônio. Alguns dizem já ter desmaiado ao ouvir os pedidos de socorro e acordado diante de uma parede.
Ahó Ahó
Nas tradições guaranis, o Ahó Ahó é uma criatura que caça humanos. De corpo peludo, cauda de réptil e dentes afiados, ele solta fumaça pela boca e grita “ahó, ahó” enquanto persegue suas vítimas.
Filho amaldiçoado da índia Kerana com o espírito maligno Tau, o Ahó Ahó seria um dos sete monstros nascidos da união. A única forma de escapar dele, segundo a lenda, é subir em uma palmeira — e torcer para que ele não alcance.