11 de setembro: sobreviventes e histórias que poucos conhecem

11 de setembro: sobreviventes e histórias que poucos conhecem

Relatos emocionantes revelam como bombeiros, tripulantes, civis e brasileiros enfrentaram o dia que mudou a história mundial

Há 24 anos, na manhã de 11 de setembro de 2001, 19 homens sequestraram quatro aviões comerciais nos Estados Unidos.

Em pouco mais de uma hora e meia, os terroristas atingiram as Torres Gêmeas, em Nova York, o Pentágono, em Washington, e provocaram a queda de um quarto avião na Pensilvânia. Ao todo, 2.977 pessoas foram mortas.

As imagens do ataque ao World Trade Center correram o mundo e transformaram o século XXI. As consequências foram profundas: reforço das políticas de segurança, novas guerras e uma percepção global sobre o terrorismo.

Mas, além da geopolítica, o 11 de setembro também é lembrado por histórias individuais — de perda, heroísmo e resistência.

A seguir, o O POVO selecionou algumas dessas histórias.

Sobreviventes e memórias do 11 de setembro

Melodie Homer e o voo 93

O piloto LeRoy Homer comandava o voo 93 da United Airlines, sequestrado por terroristas na manhã do 11 de setembro. Após a reação dos passageiros, o avião caiu em um campo na Pensilvânia, matando todos a bordo.

Sua história é contada no documentário "Surviving 9/11" (Sobrevivendo ao 11 de setembro, em tradução livre do ingês).

Sua esposa, Melodie Homer, relembra o pânico e a dor da notícia: “Pouco antes da tragédia, liguei para a United Airlines e me garantiram que estava tudo bem com o voo do meu marido. Minutos depois, alguém me disse que o último avião era o de LeRoy. Lembro de bater na janela e gritar: ‘Você me prometeu que ele estava bem’”.

LeRoy morreu fazendo o que amava: voar. Para Melodie, sua memória vive nos álbuns de fotos que ele mantinha com anotações de cada destino visitado.

Larry Pinto de Faria Jr.: o brasileiro que sobreviveu

Natural de Porto Alegre, o economista Larry Pinto de Faria Jr. estava no 25º andar da Torre Norte quando o primeiro avião atingiu o edifício. Aos 43 anos, trabalhava em Nova York há pouco mais de um ano.

“Foi um barulho ensurdecedor. O prédio balançou como um pêndulo. Eu disse a um colega: ‘Vamos embora, que isto aqui vai cair’”, recorda.

Larry conseguiu sair pelas escadas de emergência, enquanto bombeiros subiam para enfrentar o fogo. Três brasileiros estão entre os mortos do atentado: Ivan Kyrillos Fairbanks-Barbosa, Anne Marie Sallerin Ferreira e Sandra Fajardo-Smith.

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Nancy Suhr e a despedida de um bombeiro

O bombeiro Danny Suhr, marido de Nancy, foi uma das vítimas da Torre Sul. Ele morreu atingido por uma das pessoas que se lançaram das janelas para escapar das chamas.

“Danny adorava ser bombeiro. Ele dizia que nunca deixaria o Corpo, mesmo se ganhássemos na loteria. Quando me contaram como ele morreu, só consegui pensar na mulher que caiu sobre ele. As pessoas perguntaram se fiquei com raiva. Respondi: ‘Você está brincando? Quais foram os últimos pensamentos dessa mulher?’”, recordou Nancy.

Mesmo na tragédia, ela encontrou compaixão: “De uma forma ou de outra, Danny teria morrido naquele dia. Mas ele partiu ajudando, como sempre fez”.

Lauren Manning e a luta pela vida

Executiva, Lauren Manning voltava ao trabalho após a maternidade quando foi atingida pelas chamas no lobby da Torre Norte. Ela sofreu queimaduras em 82% do corpo e passou meses em coma.

“Eu podia sentir as chamas descendo por minhas roupas, atingindo minha pele. Comecei a perder a consciência e só conseguia pensar no meu filho: ‘Não vou deixá-lo agora’”, relembra.

Após dezenas de cirurgias, Lauren reaprendeu a andar. Em tela, ela fala sobre resiliência: “A vida era simples, eu era feliz. Depois da lesão, aprendi a ser forte e descobri que podia ser eu mesma”.

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