Caso Richthofen: veja o que é real e o que é ficção no novo filme

Terceiro filme narra confissão do crime cometido por Richthofen e irmãos Cravinhos; delegada responsável pelo caso à época comenta sobre produção; veja

Confissão do crime cometido por Suzane von Richthofen e pelos irmãos Cravinhos, condenados por matar o casal Manfred e Marísia von Richthofen em 2002, é contada no terceiro filme da série

A produção "A Menina Que Matou os Pais: a Confissão", lançada no último dia 27 de outubro pela plataforma Amazon Prime Video, apresenta questões sobre o que era real e o que era ficção. A delegada responsável pelo caso à época comentou sobre o filme (confira ao final do texto).

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Após dois anos do lançamento simultâneo dos primeiros filmes, “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais", o novo título conta o trabalho de investigação dos agentes para desvendar o crime e a confissão dos assassinos.

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A produção retrata cenas que marcaram o caso, como a roupa usada por Suzane no velório dos pais. Segundo Ricardo Tardelli, promotor de Justiça que acompanhou a investigação, a cena serviu como um alerta para o andamento dos fatos.

“Notei no velório do casal, quando vi a Suzane com cabelo escovado e uma blusinha baby look, percebi haver algo de errado. Depois de tantos anos de promotoria, falei para quem estava me ouvindo: 'ela está gritando gol'”, relatou em entrevista ao portal Splash.

A obra-cinematográfica representou cronologicamente a confissão dos acusados e os seus respectivos comportamentos. O perito Ricardo Salada contou, em entrevista ao Vênus Podcast, que Cristian Cravinhos foi o “primeiro a cair”, como dizem os delegados do filme.

Já o namorado de Suzane, Daniel Cravinhos, foi o segundo. Ele usou a justificativa de salvar a namorada dos pais abusivos.

Suzane von Richthofen foi a última a confessar o assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen. De acordo com os oficiais responsáveis pelo caso, ela demonstrou frieza ao se declarar culpada, como também é retratado no filme.

Na obra, os ex-namorados trocam farpas e acusações quando estão cada um em uma cela. Em 2006, durante trecho exclusivo exibido pelo programa Fantástico, da TV Globo, é nítida a discussão entre Daniel Cravinhos e Suzane von Richthofen.

Acerca do que não foi retratado no longa: o julgamento conturbado de Suzane e dos irmãos Cravinhos, em 2006. A produção dá um salto temporal de 4 anos, em que eles já estão presos aguardando a decisão do júri.

Com uma duração de cinco dias, o advogado de von Richthofen, Mauro Nacif, assumiu um protagonismo na defesa da acusada, entretanto, no longa, só a aparição de um advogado no final do filme para avisar a cliente do resultado.

Caso Richthofen: o que é real e o que é ficção segundo a delegada

Para a delegada que conduziu o caso, Cintia Tucunduva, a produção dirigida por Mauricio Eça foi um “bom retrato” das investigações que aconteceram durante sete dias. “O filme ficou bastante interessante. Foram pontuados os pontos principais”, disse em um vídeo postado nas redes sociais.

Sobre a cena em que a culpada pede desculpas ao irmão caçula, Andreas von Richthofen, Cintia não se recorda do momento e não lembra dos momentos de compaixão.

“Não me recordo de um momento em que Suzane pede desculpas ou perdão ao irmão. Não lembro momentos relativos à compaixão ou arrependimento”.

A delegada também relata uma situação inusitada não relatada no filme: quando Suzane pediu para dormir no sofá da delegacia.

Vídeo: ASSISTA à declaração da delegada sobre o filme

“Ela olhou para mim, disse que estava cansada e perguntou se podia dormir no sofá. Eu disse que podia e ela fez a jaqueta, que aparece várias vezes no filme, de almofada. Eu nunca vi isso”, narrou no vídeo publicado.

Para Tucunduva, von Richthofen estava desacreditada que poderia ser acusada pelo assassinato.

Sobre não ser representada no filme, Cintia disse que não foi procurada pela produção e ficou sabendo do filme pelas redes sociais, mas a delegada acredita que “uma hora e meia de filme transpareceu bem sete dias de investigação”.

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