Vídeo: neurônios humanos isolados em laboratório aprendem a jogar Pong

Neurônios humanos isolados em laboratório aprenderam a jogar Pong, apresentando evidências de que podem aprender mais rápido do que uma inteligência artificial (IA). O estudo foi publicado na revista científica New Scientist; veja vídeo

Neurônios humanos isolados em laboratório aprenderam a jogar Pong, um dos primeiros jogos criados, apresentando evidências de que podem aprender mais rápido do que uma inteligência artificial (IA). Segundo publicação da revista científica New Scientist, pesquisadores da empresa australiana Cortical Labs são os responsáveis pelo estudo.

Cadeias de neurônios foram isoladas em placas de Petri, itens desenvolvidos como ambientes controlados para o cultivo de células. Através de eletrodos, os neurônios recebem e devolvem estímulos elétricos conforme a dinâmica de Pong. No jogo, é possível controlar uma barra para rebater uma bola, inspirado no formato do tênis.

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A New Scientist publicou um vídeo demonstrando a atuação das células no jogo. Clique aqui para assistir ou reproduza o player abaixo.

 

Neurônios vivem espécie de Matrix

Chefe da pesquisa em questão, Brett Keagan associa o funcionamento dos neurônios a uma espécie de “Matrix”, em referência aos filmes de mesmo nome. O sistema é chamado de “DishBrain” (em tradução livro, cérebro de prato). Toda a interface que as células recebem, assim como suas reações, estão ligadas ao jogo. “Acho razoável chamá-las de cérebros ciborgues”, afirmou o pesquisador.

Ainda segundo ele, uma inteligência artificial pode levar até 1 hora e meia para entender como reagir ao jogo, enquanto os neurônios humanos precisaram apenas de cinco minutos. Além disso, uma IA precisa de cinco mil partidas de 15 minutos para compreender integralmente o jogo, enquanto os neurônios precisam de 10 a 15.

Apesar dos “mini-cérebros” aprenderem mais rápido do que uma IA, eles não são tão habilidosos no momento de jogar o jogo e perderiam caso em disputa contra computadores super inteligentes como o DeepMind. “Demonstramos que uma única camada de neurônios corticais in vitro pode se auto-organizar e exibir um comportamento inteligente e senciente quando incorporado em um mundo de jogo simulado”, escreveram os pesquisadores no artigo publicado.

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