Chuva de meteoros Lyridas: tudo que precisa saber sobre o evento astronômico
A chuva de meteoros Líridas, uma das mais antigas da história, alcança seu pico nesta segunda, 21 de abril, prometendo espetáculo celeste até o amanhecer
A chuva de meteoros Líridas, uma das mais antigas já registradas pela humanidade, atinge seu pico de visibilidade nesta segunda-feira, 21 de abril. Observada há mais de 2.700 anos, seu primeiro registro conhecido remonta a 687 a.C., feito por astrônomos chineses.
As Líridas são conhecidas por seus meteoros rápidos e luminosos, que riscam o céu a velocidades impressionantes, embora sua taxa de atividade não seja tão elevada quanto a de outras chuvas famosas, como as Perseídas, em agosto. Ainda assim, em anos excepcionais, o fenômeno pode surpreender, com até 100 meteoros visíveis por hora.
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Eventos de atividade intensa já foram registrados em 1803 (Virgínia, EUA), 1922 (Grécia), 1945 (Japão) e 1982 (EUA). Em média, porém, os observadores podem esperar entre 10 e 20 meteoros por hora durante o pico da chuva, especialmente sob céus escuros e sem interferência da Lua.
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O que são as Líridas?
A chuva de meteoros Líridas ocorre quando a Terra cruza uma trilha de detritos deixados pelo cometa Thatcher, que leva aproximadamente 415 anos para completar uma órbita ao redor do Sol.
Ao entrar na atmosfera terrestre a cerca de 49 km/s, pequenas partículas — muitas vezes do tamanho de grãos de areia — queimam devido ao atrito, criando os clarões que chamamos de meteoros ou “estrelas cadentes”.
Em alguns casos, os meteoros podem deixar rastros de poeira persistentes e até gerar bolas de fogo extremamente brilhantes, conhecidas como fireballs.
Como e quando observar
A chuva de meteoros Líridas é visível principalmente no hemisfério norte, mas também pode ser observada de partes do hemisfério sul, desde que a constelação de Lira — onde se localiza o ponto radiante do fenômeno — esteja visível no céu.
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Para a melhor experiência, recomenda-se observar a partir da meia-noite até o amanhecer, olhando na direção noroeste, onde o ponto radiante estará mais elevado. A Nasa orienta: “Após cerca de 30 minutos no escuro, seus olhos se adaptarão e você começará a ver meteoros. Seja paciente — o espetáculo durará até o amanhecer”.
As Líridas permanecem ativas de 14 a 30 de abril, com pico entre os dias 21 e 22. Em condições ideais — sem nuvens, longe da poluição luminosa e com a Lua fora de cena — é possível observar cerca de 18 meteoros por hora.
Próximo fenômeno: Eta Aquáridas
Após o encerramento da chuva Líridas, o próximo destaque astronômico será a chuva de meteoros Eta Aquáridas, que ocorre entre 20 de abril e 21 de maio, com pico em maio.
Associada ao famoso cometa Halley, a Eta Aquáridas pode gerar entre 10 e 30 meteoros por hora em locais escuros, segundo a American Meteor Society (AMS).