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Polícia Militar realiza mapeamento de facionados homicidas na Caucaia

Na segunda-feira, 12, e terça-feira, 13, ações contra os chefes e responsáveis pelos homicídios em Caucaia foram intensificadas. Um dos chefes da GDE no Itambé foi preso e material usado por matador da Cigana foi apreendido

A Polícia Militar, por meio do 12º Batalhão da Polícia Militar (BPM), realiza o mapeamento de chefes de facção e responsáveis pelos homicídios em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O novo comandante, tenente-coronel Hideraldo Belline, destacou que o mapeamento destes criminosos é realizado a partir do trabalho do serviço reservado.

Na última segunda-feira, 21, a Polícia prendeu um dos chefes da facção Guardiões do Estado (GDE) que atuava na área do Itambé. Nesta terça-feira, 22, os policiais militares investiram contra o chefe da GDE da Cigana. Lá, o suspeito conseguiu fugir, mas na casa foram apreendidas armas e droga, 20 munições, dois revólveres, 200 gramas de skunk e 200 gramas de cocaína embalada. O material foi apresentado na Delegacia Metropolitana de Caucaia (DMC).

Nos últimos meses, Caucaia apresenta uma série de mortes envolvendo a disputa entre facções criminosas. E um dos fatos que também preocupa as autoridades são as ações contra motoristas de aplicativo. O motorista de aplicativo e ex-militar da Força Aérea, José Hilker Assunção de Sousa, morreu entre a noite do dia 4 de dezembro e a manhã do domingo, 5, após duas semanas internado na UTI do Instituto Doutor José Frota (IJF). Ele teve 95% do corpo queimado durante uma tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) que ocorreu no sábado, 21 de novembro, em Caucaia. No dia 13 de dezembro, um outro motorista de aplicativo e um passageiro foram mortos. Uma terceira passageira sobreviveu. Na ação, o alvo seria o passageiro.

Prisões de chefes de facções na Caucaia 

O funkeiro Alexandre Magno Rodrigues Vieira, conhecido como MC Alexandre Fabuloso, foi preso na madrugada do dia 1º de dezembro, em uma ação da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), com o apoio operacional da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O cantor e produtor cultural é suspeito de promover e enaltecer uma organização criminosa do Ceará e tinha um mandado de prisão preventiva contra ele em aberto. Fabuloso cantava músicas que faziam referência ao Comando da Laje, um braço do Comando Vermelho (CV) em Caucaia.

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Os chefes da organização criminosa Comando da Laje chegaram a fazer parte da lista dos 10 mais procurados no estado do Ceará e inauguraram o programa que oferece recompensas a quem repassar informações à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), que auxiliem nas prisões. 

Eles eram Darlan Batista Guerra e Francisco Cilas de Mouro Araújo. Darlan morreu no dia 31 de julho em confronto com a Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele era conhecido como um dos chefes do Comando Vermelho e chefiava a tropa da laje. No Ceará, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) ofertou R$ 10 mil por informações que levassem à sua prisão. Já o Cilas, conhecido como Mago, estava foragido em Teresina (PI), foi preso por meio da ação do Departamento de Inteligência Policial (DIP), Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o Departamento de Polícia Judiciária Metropolitana (DPJM) e a Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core). Havia um substituto que foi preso, mas posteriormente liberado mediante habeas corpus. 

As ações da PM, neste momento, prenderam chefes da facção Guardiões do Estado (GDE), que seria a responsável pelas últimas mortes em Caucaia. A GDE foi identificada em 2016 por meio de um relatório do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) que apurava a responsabilidade da morte de 14 detentos e de um prejuízo de R$ 12 milhões devido a depredações de penitenciárias cearenses. Neste relatório foi identificada a presença do Comando Vermelho, do Primeiro Comando da Capital (PCC) e da GDE. Alguns relatórios do MPCE que denunciam crimes assemelham a Guardiões do Estado (GDE) com o Estado Islâmico , onde vítimas são decapitadas. Em uma ação de 2019, referente a morte de três mulheres vítimas de esquartejamento, a ordem da morte era para que houvesse um "vídeo islâmico". Numa referência ao modelo propagado pela organização terrorista

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