Incêndio atinge aerogerador em Aracati e assusta moradores
Parte da estrutura foi destruída pelas chamas. Não houve vítimas, mas moradores relatam preocupação com segurança
Um incêndio em um aerogerador do Parque Eólico Enalceu, em Aracati, assustou moradores da região na tarde desta sexta-feira, 22. As chamas atingiram a torre de número 15, localizada na comunidade quilombola do Cumbe, por volta das 14h40min.
O fogo destruiu completamente a parte superior da estrutura, incluindo o motor e as pás, que chegaram a se desprender enquanto giravam em chamas e caíram sobre uma área de dunas.
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Equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), acionadas pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), foram enviadas ao local com a viatura Auto Tanque 17 (AT-17).
Quando chegaram, não havia mais focos de incêndio, já que técnicos da empresa responsável haviam isolado a área.
A ocorrência foi dada como encerrada às 16 horas. Não houve registro de feridos.
“Explosão foi vista de longe”, relata moradora
Apesar de não ter causado vítimas, o incêndio provocou forte apreensão entre os moradores da comunidade quilombola. Luciana dos Santos, integrante da Associação Quilombola do Cumbe, contou que a explosão pôde ser vista a quilômetros de distância.
“A sorte é que as torres ficam nas dunas, a alguns quilômetros da comunidade. Mas a explosão foi enorme. De quase todos os cantos dava para enxergar as chamas”, relatou.
Segundo ela, este não é um caso isolado.
“Já houve outra explosão há alguns anos, próximo da praia. Agora foi no lado das lagoas. A gente sempre ouviu que essas torres não oferecem risco, mas estamos vendo o contrário. São estruturas enormes, pesadas, e qualquer falha pode causar um acidente grave”, afirmou.
Segunda ocorrência em menos de uma década
Esse é pelo menos o segundo registro de explosão em aerogeradores no Cumbe. O primeiro teria ocorrido há cerca de três anos, em um parque localizado próximo ao litoral. O caso ganhou repercussão nas redes sociais na época.
“Essas torres foram instaladas em nosso território sem ouvir nossas preocupações. Hoje vemos que o impacto existe, que o risco existe”, destacou Luciana.