Câmara de Aquiraz realiza mutirão de sangue e inspira ação semelhante no Eusébio
Mais de 100 pessoas foram atendidas; 65 bolsas de sangue coletadas seguem para análise
A Câmara Municipal de Aquiraz realizou, em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), o “Mutirão pela Vida”, campanha para incentivar a doação de sangue.
A ação ocorreu na última segunda-feira, 4, e contou com a participação de vereadores — incluindo o presidente da Casa, Maurício Matos (DC) — e de moradores do município.
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Em publicação nas redes sociais, a Câmara agradeceu aos voluntários que doaram sangue e às equipes que contribuíram para a realização do evento.
“Nosso mais sincero agradecimento a todos os voluntários doadores, que compareceram com generosidade e espírito de cidadania. Sua atitude salva vidas e inspira esperança! Um agradecimento especial à equipe do Hemoce, pelo trabalho incansável, profissionalismo e pela parceria essencial que tornou tudo isso possível”, destacou o perfil oficial da Câmara.
Segundo o Hemoce e a própria Câmara, mais de 100 atendimentos foram realizados durante o mutirão. Desse total, ao menos 65 doações foram efetivadas e seguem para análise laboratorial.
Repercussão em outros municípios
Durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Eusébio, realizada na última segunda-feira, 4, o vereador Roberto Rocha (DC) apresentou uma proposta para replicar a campanha de doação de sangue no município. A iniciativa sugere uma parceria entre a Câmara e o Hemoce, nos mesmos moldes do “Mutirão pela Vida”, promovido em Aquiraz.
O projeto foi aprovado por unanimidade durante a sessão e segue para sanção do líder do executivo eusebiense, Dr. Júnior (PRD).
Segundo o vereador, a iniciativa busca ampliar os pontos de coleta de sangue do município de Eusébio e contribuir com o abastecimento dos bancos de sangue que atendem hospitais e unidades de saúde do Estado do Ceará.
Uma única doação pode salvar até quatro vidas
A doação de sangue é um ato voluntário e solidário, com impacto direto na sobrevivência de milhares de pessoas. Segundo o Ministério da Saúde, cada bolsa coletada — cerca de 450 ml — pode ser separada em até quatro componentes: hemácias, plaquetas, plasma e crioprecipitado. Esses elementos são essenciais para diferentes tratamentos, desde cirurgias de grande porte até casos de anemia severa, câncer, doenças hematológicas e vítimas de acidentes graves.
Além de ser um procedimento rápido e seguro, a doação é insubstituível: o sangue não pode ser fabricado em laboratório, e a única forma de mantê-lo disponível nos hospitais é por meio da solidariedade dos doadores.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que, para atender com segurança toda a população, ao menos 3% a 5% dos habitantes de um país sejam doadores regulares. No Brasil, esse índice gira em torno de apenas 1,8%. Manter os estoques regulares é essencial para garantir o atendimento seguro e contínuo em hospitais, especialmente em períodos de maior demanda, como feriados prolongados ou situações de emergência.