Educação: 90% das escolas em favelas cearenses não possuem pontos de ônibus no entorno

Educação: 90% das escolas em favelas cearenses não possuem pontos de ônibus no entorno

Apenas 34 escolas situadas em favelas de todo o Estado ficam próximas a um ponto de ônibus; escolas também sofrem com falta de sinalização para bicicletas
Atualizado às Autor Kleber Carvalho Tipo Notícia

A chegada ao local de ensino ainda é um desafio a ser superado por diversos estudantes no Ceará. Isso porque, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira, 5, 90% das escolas situadas em favelas cearenses não estão próximas a um ponto de ônibus.

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O dado faz parte da pesquisa “Entorno das Favelas e Comunidades Urbanas”, que utiliza dados do Censo Demográfico de 2022 para analisar diversos cenários da população brasileira. Em linhas gerais, apenas 18 das 355 escolas cearenses situadas em favelas ou comunidades urbanas possui ponto de ônibus próximo.

A pesquisa também coloca o Ceará entre os 10 estados do País com maior percentual de escolas longe dos pontos de ônibus em favelas.

Os maiores índices do ranking são da região Norte, com Roraima e Tocantins empatados na liderança, com 100% cada, seguidos pelo Amapá, com 97,87% das instituições afastadas das paradas.

No Nordeste, os estados onde o cenário está mais presente são a Paraíba, com 91,45%, e Alagoas, somando 91,25%. O Ceará fecha o “pódio”.

Porcentagem de escolas em favelas sem paradas no entorno por estado

Problema também se estende à segurança de bicicletas no trânsito próximo às escolas

Com a ausência das paradas de ônibus nos arredores das instituições de ensino, uma outra possibilidade de acesso à escola são as bicicletas. Entretanto, o meio comum entre a população ainda sofre com a falta de dispositivos de trânsito que garantam um tráfego seguro.

Conforme o IBGE, 94% das escolas cearenses em favelas estão situadas em vias que não possuem sinalização para ciclistas, como ciclofaixas, ciclovia ou avisos na pista de rolamento ou ciclorrotas, por exemplo.

Ao todo, são 336 logradouros em áreas de favela onde o acesso é feito em meio ao trânsito ou em condições precárias para o ciclista.

O problema, entretanto, não é restrito às áreas de favela, já que segundo a pesquisa, 92% das escolas fora das favelas também estão em ruas que não têm sinalização para bicicletas

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