Ceará registra 28 mortes por afogamento em 2024

No total, Bombeiros atenderam 38 casos. Concentração de ocorrências, nesta época do ano, é no Sertão Central, por causa da existência de passagens molhadas

O Corpo de Bombeiros do Ceará divulgou que 28 pessoas morreram por afogamento no Ceará em 2024. No total, foram 38 afogamentos, um número maior que o mesmo período do ano passado, quando houve 24 ocorrências.

Sobre o assunto, o tenente Samuel Nogueira, da 1ª Companhia de Mergulho de Resgate (CMR), pertencente ao Batalhão de Busca e Salvamento, disse, em entrevista à Rádio O POVO CBN como evitar os afogamentos. “Essa crescente acontece pois os rios e reservatórios estão mais cheios e também há as passagens molhadas. Isso agrava bastante as ocorrências", afirma.

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As passagens molhadas são trechos de estradas que ficam alagados por conta das chuvas ou da sangria dos rios. Nesse cenário, alguns problemas podem acontecer, como: perda de controle do veículo, aquaplanagem e danos mecânicos. Um caso recente foi o do falecimento da mãe e irmã de influencer que morreram no Rio Banabuiú, em Limoeiro do Norte.

Sobre as ocorrências, o tenente observa que há uma concentração de casos no Sertão Central do Estado. “Só nessa [última] semana, nós tivemos seis acionamentos somente na nossa companhia. A gente percebe uma concentração em Morada Nova, Quixeramobim e Senador Pompeu”. Outro caso do início do mês foi o de duas mulheres que foram arrastadas no Rio Canindé pela correnteza forte no local.

Uma observação interessante é que a maioria dos casos vem de uma profissão específica. “Desses seis acionamentos que nós tivemos, quatro são relativos a casos com pescadores. Muitas vezes são aquelas pessoas que já fazem aquela atividade de maneira rotineira e por achar que já conhece aquela região, aquele manancial, tem confiança. Mas pode acontecer uma mudança na fotografia do terreno”.

 

Por fim, sobre as orientações, o Corpo de Bombeiros ressalta o aumento da atenção, não fazer o uso de bebidas alcoólicas nos momentos de lazer nos mananciais. Outro fator muito importante é a água no máximo na altura do joelho, nunca entrar além da conta e nunca estar sozinho.

Em específico nos casos de passagem molhada, o Tenente reitera que elas nunca devem ser feitas, pois “pode ter uma uma mudança na topografia daquela passagem”, e buscar alternativas para essa travessia, seja com embarcação ou outro meio, principalmente quando o volume de chuva tá muito intenso.

 

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