Ceará realizou 60% de cirurgias eletivas, e 16 mil pacientes da fila de espera não foram encontrados

Novo balanço do Programa Nacional de Redução de Filas das Cirurgias Eletivas foi divulgado pelo Governo do Ceará nesta segunda-feira, 11, no Hospital Estadual Leonardo Da Vinci (Helv), em Fortaleza

O Ceará realizou quase 38 mil cirurgias eletivas entre abril e setembro deste ano dos 68.107 pacientes que aguardavam, em janeiro, na fila congelada dos procedimentos no Estado. Foram 37.853 cirurgias, o que equivale a mais de 60% dos procedimentos realizados até esse domingo, 10. O novo balanço do Programa Nacional de Redução de Filas das Cirurgias Eletivas foi divulgado pelo Governo do Ceará na manhã desta segunda-feira, 11, no Hospital Estadual Leonardo Da Vinci (Helv), em Fortaleza.

Na ocasião, o governador em exercício, Evandro Leitão, acompanhado da secretária da Saúde do Ceará, Tânia Mara Coelho, destacou o quantitativo e fez um pedido para que a população atualize o cadastro na Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). “Das 68 mil cirurgias que nós tínhamos represadas, nós, hoje, temos, aproximadamente, 38 mil cirurgias feitas, isso correspondendo a 60% daquelas cirurgias que foram, no dia 31 de janeiro, congeladas”, comentou.

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Segundo Evandro, há muito o que avançar. "Para isso, é importante que a população esteja atualizando os seus cadastros para as cirurgias. Temos quase 30 mil pessoas que ainda estão faltando para realizarem essas cirurgias, e é importante atualização cadastral”, reforçou.

Os procedimentos cirúrgicos estão sendo realizados na rede estadual e nas unidades credenciadas, considerando os procedimentos de rotina e os Planos Estadual e Nacional de Redução da Fila de Cirurgias Eletivas, iniciados em abril. Os planos têm o objetivo de aumentar a capacidade da rede estadual de saúde para suprir a demanda de cirurgias eletivas — aquelas que não são de urgência — que ficaram reprimidas durante a pandemia da Covid-19.

Um dos equipamentos responsáveis por realizar os procedimentos no Estado é o Helv. Adquirido em 2020, na época apenas para o tratamento de pessoas com Covid-19 no Ceará, o hospital totalizou, em três anos, 19,1 mil procedimentos cirúrgicos, nas áreas de Otorrino, Urologia, Ortopedia, geral e de cabeça e pescoço. Dentre as principais cirurgias realizadas no equipamento, estão as de ortopedia, otorrino e urologia.

O diretor do Helv, Emídio Teixeira, destacou a integração do equipamento no programa das cirurgias do Estado e o avanço dos procedimentos realizados para a população.

“Isso representa qualidade de vida. Você imagina esses pacientes que estão há um ou dois anos, ou até até 15 anos, aguardando esse procedimento de vida. Isso faz com que o paciente seja novamente inserido, ou no mercado de trabalho ou na vida social, dando maior sentido a uma condição de vida”, destaca.

No Programa Nacional de Redução de Filas, o investimento total é de quase R$ 170 milhões no Plantão Cirurgias.

Mais de 16 mil pacientes não foram encontrados

O balanço dos procedimentos divulgado pelo Governo do Estado mostra ainda que 16.300 pacientes da fila de espera das cirurgias ainda não foram encontrados, enquanto, aproximadamente, 15 mil aguardam para realizar os procedimentos no Estado. Há um mês, o quantitativo de pacientes não encontrados era de 12 mil.

A falta de contato com os pacientes ocorre devido aos dados errados ou desatualizados que podem vir a prejudicá-los, ainda que eles não sejam excluídos da fila. “Eles estão qualificados, mas não conseguimos localizar, além dos que já faleceram ou que já realizaram cirurgias. A gente pretende reduzir ao máximo e operar o mais breve possível todo mundo que está entrando na fila”, disse a titular da Saúde, Tânia Mara Coelho.

Ainda segundo a titular da Sesa, a expectativa é que até dezembro o Ceará consiga zerar a fila congelada de cirurgias eletivas. A secretária destaca que, agora, a demora pode estar associada aos procedimentos de mais complexidade, assim como a difícil localização dos pacientes. “A gente entra em contato e não localiza e passa para o próximo. Mas eu acredito que até o final do ano, a gente tenha conseguido baixar quase a zero esse número da fila que foi congelado.”

Tânia reforçou que umas das medidas para aumentar a localização dos pacientes é por meio da divulgação dos canais de atendimento específicos para atualização cadastral das pessoas que estão na fila de espera das cirurgias.

Outro meio é o aplicativo Ceará App. Na ferramenta digital, além de realizar a atualização do cadastro, ela mostra qual a posição na fila das cirurgias e qual o tempo de espera para o procedimento.

Como atualizar o cadastro

Para a atualização cadastral da população, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) disponibiliza outros canais de atendimento para quem está na fila de cirurgias e precisa atualizar os dados, como telefone e endereço. Os atendentes estão disponíveis nos contatos divulgados das 7 às 18 horas, de segunda a sexta-feira.

WhatsApp:
(85) 3219 6073
(85) 3219 9366
(85) 3001 2610

Telefones:
(85) 3219 1065
(85) 3219 9858
(85) 3219 6045

Sala de Situação das Cirurgias Eletivas:
(85) 3219 4210
(85) 3101 2666
(85) 3101 5217
(85) 3488 2136

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