Denúncia de agressão em curso da PM: coordenadora se solidariza com aluna
Capitã Maria Freitas diz que nenhum outro curso ministrado ou coordenado por ela registrou casos de agressões
A capitã Maria Freitas, coordenadora-geral do Curso Tático Policial Feminino da Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp), manifestou apoio à aluna que denunciou agressão física de um instrutor contra mulheres policiais. Segundo a capitã, nenhum outro curso ministrado ou coordenado por ela registrou casos de agressões.
“A capitã Maria Freitas não compactua de forma nenhuma com nenhum tipo de violência durante os cursos ministrados pela Polícia Militar do Estado do Ceará (PMCE)”, diz Daniel Maia, advogado da coordenadora.
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Após as denúncias de agressões, o governador Elmano de Freitas (PT) determinou a troca no comando da Aesp. Clauber Wagner Vieira de Paula foi substituído por Kilderlan Nascimento de Souza.
De acordo com o advogado Daniel Maia, a capitã Maria Freitas não estava presente no momento das supostas agressões. Maria é responsável pela organização da formação e, por conta disso, não participava das aulas presencialmente.
O advogado diz que a capitã só ficou sabendo do caso no dia seguinte, por meio da própria aluna, que a procurou após se desligar do curso.
“Ao ter sido surpreendida com a notícia de que uma aluna do curso, que ela coordena, teria sofrido algum tipo de violência, ela buscou apurar imediatamente a situação e se solidarizou”, continua.
Os únicos presentes, ainda conforme o advogado Daniel Maia, eram uma monitora, uma sargento da Polícia e o instrutor denunciado como autor das agressões.
Daniel ainda reforça que, a priori, não é possível admitir se houve ou não uma agressão. “A aluna não formalizou nada e, no que foi apurado pela própria Polícia até então, as outras alunas não disseram se teve agressão. Foi uma notícia feita pela aluna muitos dias depois na internet, mas ela não formalizou nada.”
Denúncias de agressão em curso da PM
Um cabo da Polícia Militar do Tocantins, instrutor do curso de formação, teria agredido uma aluna com uma ripa de madeira. "Essa agora sou eu vítima de um macho escroto que se diz instrutor de curso. Um cabo da Polícia Militar do Tocantins, que mesmo depois do ocorrido, está sendo ovacionado pela sua instituição e por todos os que participaram do curso”, escreveu a mulher nas redes sociais ao publicar fotos das supostas agressões.
Elmano de Freitas (PT), ao anunciar a troca no comando da Aesp, considerou o episódio como inadmissível e revoltante. "Não compactuamos e não vamos tolerar qualquer tipo de violência contra as mulheres, assim como quaisquer abusos dentro dos nossos cursos de formação", publicou o governador nas redes sociais.
A vice-governadora do Ceará, Jade Romero (MDB), afirmou que acompanha a denúncia de agressão contra os policiais militares. "Abusos contra as mulheres não serão tolerados. Reitero aqui meu irrestrito respeito às nossas agentes de segurança. Precisamos fortalecer uma cultura de combate ao machismo em todas as instâncias. É para isso que estamos trabalhando."