Ceará reduz em 18,8% número de homicídios na comparação com 2020

Até 10 de novembro último, 2.822 assassinatos foram registrados no Estado, contra 3.478 do mesmo período do ano passado. Secretário Sandro Caron atribuiu queda à ação das forças de segurança

Neste ano, até 10 de novembro último, mais recente atualização disponível, 2.822 assassinatos foram registrados no Estado. É uma redução de 18,8% na comparação com o mesmo período de 2020, quando foram registrados 3.478 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), índice que inclui homicídios dolosos, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de mortes. Os dados são da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

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O secretário de Segurança Pública Sandro Caron concedeu entrevista na manhã desta terça-feira, 16, ao apresentador Farias Júnior, da rádio CBN Cariri, ocasião em que comentou o número. Conforme Caron, a queda se deve ao trabalho dos órgãos de segurança. Ele citou que, em sua gestão, houve uma aproximação das inteligências da SSPDS e das polícias Civil e Militar.

“Hoje, as principais ações, operações e prisões realizadas pelas duas polícias no Estado têm um apoio da área de inteligência e isso vem aumentando a nossa efetividade”, disse o secretário. Na entrevista, Caron também destacou o aumento no investimento nas Indenizações de Reforço ao Serviço Operacional (Irsos), gratificação paga a PMs para que reforcem, em horário de folga, o patrulhamento ostensivo. Também houve aumento nas horas extras da Polícia Civil.

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Caron ainda afirmou que o número de prisões efetuadas pelas forças de segurança do Estado aumentou em 30% na comparação com o mesmo período do ano passado. Outro resultado de impacto do trabalho das forças de segurança, disse o secretário, foi a prisão de todos os integrantes do “primeiro escalão” das duas maiores facções que atuam no Estado: Comando Vermelho e Guardiões do Estado.

Além de atividades de inteligência e investigação, o secretário Sandro Caron afirmou que o combate às facções criminosas deve ser pautado no combate o narcotráfico (“principal fonte de recursos financeiros dessas quadrilhas”) e na asfixia financeira desses grupos criminosos, sequestrando judicialmente o patrimônio das facções. “Você tem que trabalhar tudo isso simultaneamente para que tenha resultados mais efetivos”.

Os dados da SSPDS ainda mostram que a maior redução no número de homicídios, entre as quatro regiões em que o Estado é dividido, ocorreu em Fortaleza, onde houve redução de 27% nas estatísticas até outubro. Foram 746 CVLIs neste ano, contra os 1.023 registrados em 2020. Na Região Metropolitana de Fortaleza, a queda foi de 26% e, no Interior Sul, o decréscimo foi de 14%. Caron também destacou os resultados de Juazeiro do Norte (Cariri), onde os números de CVLIs tiveram uma redução de 39%. “É talvez a maior redução que nós temos até o momento quando se fala de uma cidade individualmente”.

Após dois meses de aumento, o Estado voltou a registrar em outubro queda no número mensal de CVLIs. A retração foi de 7,5%, saindo de 322 casos em 2020 para 298 neste ano. Apesar disso, outubro último foi o terceiro mês mais violento do Estado no ano, atrás apenas de janeiro e setembro.

A Área Integrada de Segurança (AIS) 3, onde fica a região da Grande Messejana, foi, pelo terceiro mês seguido, a região mais violenta da Capital em outubro, com 21 assassinatos. Em todo o ano, 123 pessoas já foram mortas na AIS 3, recorde na capital. Caucaia também voltou a registrar aumento no número de homicídios em outubro, com 29 assassinatos. E, no Interior, a AIS 14 —onde ficam municípios como Sobral, Camocim e Granja — teve o mês mais violento do ano, com 38 CVLIs registrados.

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