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Confira o que foi afetado pelas manifestações na Capital e Interior do Estado

O POVO Online reuniu as informações sobre os atos, seus efeitos no trânsito, no transporte público, no comércio e nas escolas
15:29 | Jun. 14, 2019
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Tipo Notícia

A greve nacional contra a reforma da Previdência e o corte de verbas para a Educação desta sexta-feira, 14, foi aderida por centrais sindicais, estudantes e professores de Fortaleza. A concentração do protesto na Capital aconteceu no Centro, onde o trânsito e o transporte público foram afetados. No interior do Estado, pelo menos 56 municípios aderiram ao ato, segundo a Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce).

O POVO Online reuniu as informações sobre os atos, seus efeitos no trânsito, no transporte público, no comércio e nas escolas.

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Trânsito

O trânsito no cruzamento entre a Avenida da Universidade e avenida 13 de Maio esteve bloqueado na manhã dessa sexta. O fluxo foi impedido por manifestantes; veículos transitavam com lentidão nas duas avenidas.

Agentes da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) e policiais do Batalhão de Choque estiveram no local para liberar o trânsito.

No Centro, a concentração de manifestantes comprometeu o fluxo de veículos. Na avenida Duque de Caxias e Domingos Olímpio, por causa da proximidade com o local de concentração do protesto, na Praça da Bandeira, foi registrado engarrafamento. Para chegar à manifestação, algumas pessoas precisaram recorrer aos aplicativos de transporte e relataram aumento no preço das corridas.

Transporte público

De acordo com a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), a programação dos coletivos na Capital seria normal nessa sexta-feira, mas poderiam haver intervenções do sindicato. A Etufor chegou a aconselhar que os passageiros evitassem usar linhas que passem pelo Centro, bairro onde ocorreram os protestos.

A taxa de eficiência do transporte coletivo por volta das 9h30min era de 93%, índice considerado normal pela Etufor. Na época dos ataques, por exemplo, essa taxa chegou a 40%.

Na Avenida 13 de Maio, O POVO Online ouviu relatos de que participantes dos protestos furaram os pneus dos ônibus para impossibilitar a movimentação. Pelo menos 20 coletivos tiveram seus pneus furados durante protesto por volta das 10h20min. Alguns estavam parados na via esperando a troca dos pneus esvaziados ou reboque.

Algumas rotas de ônibus precisaram ser alteradas por causa dos veículos que sofreram avarias durante o protesto. Um vídeo registrou o momento em que passageiros que iriam até a Avenida da Universidade precisaram desembarcar no cruzamento da avenida João Pessoa com a rua Padre Cícero, ponto que fica a cerca de 10 minutos de caminhada para a Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC). Os pedestres realizaram o percurso ainda sob chuva.

Comércio

No Centro da cidade, por onde o protesto passou, a movimentação comercial se mantinha regular, com poucas lojas fechadas por volta das 11h.

"A adesão dos comerciários é complexa porque trata-se de uma atividade privada no qual os trabalhadores estão sendo reprimidos todos os dias", comentou Sebastião do Nascimento. "Mas nossa avaliação feita nas assembleias setorizadas é que 30% do comércio de Fortaleza está fechado". Ele afirma que a maior parte dos pontos comerciais fechados estão na periferia e no Centro da cidade.

Em um levantamento mais recente, realizada por volta das 12h, O POVO Online circulou por diversas avenidas e constatou que os ônibus de Fortaleza circulam regularmente.

Em nota oficial, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Ceará (Sindiônibus) afirmou que o transporte coletivo está funcionando. Apesar de “problemas pontuais”, as equipes das empresas trabalham nas ruas para garantir a circulação.

Escolas

Colégios da rede pública de ensino estão sem aula nesta sexta por conta das manifestações. No colégio Adauto Bezerra, na Capital, não haverá aula em qualquer dos períodos letivos. Outras escolas fechadas são a EEFM Doutor César Cals, no bairro Farias Brito, e a EEFM Frei Lauro Schwarte, no Centro. O Colégio particular Escola Vila também paralisou suas atividades.

Segundo o Sindicato dos Professores e Servidores da Educação e Cultura do Estado e Municípios do Ceará (Apeoc), houve acordo unificado entre os colégios públicos de todo o Estado para aderir à paralisação geral dos trabalhadores. O Apeoc contabiliza que professores da rede pública de pelo menos 27 cidades do Estado acordaram na adesão.

De acordo com a Secretaria Municipal da Educação (SME), 95% das escolas municipais estão sem aulas devido a adesão de alunos e professores aos protestos. A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) ressalta que não haverá prejuízos para a aprendizagem dos alunos e os 200 dias letivos serão cumpridos.

Interior

Protestos e paralisações também ocorrem no Interior do Estado. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), no quilômetro 309 da BR-020, em Canindé, ocorreu uma interdição total da via. Cerca de 250 manifestantes protestam de forma pacífica. A rodovia foi liberada completamente por volta das 9h30min, mas equipes da PRF seguem monitorando o local.

Houve mobilização em municípios como Sobral, Coreaú e Icapuí, onde manifestantes seguram cartazes com dizeres como "nenhum direito a menos", "golpe contra a mulher" e "Lula livre". Em Limoeiro do Norte, manifestantes levantaram cartazes com as frases "ditadura nunca mais" e "em luta contra a Reforma da Previdência". No Terminal Portuário do Pecém, trabalhadores também pararam.

Segundo organizadores, a greve geral no Cariri reuniu cerca de 9 mil pessoas. Instituições sindicais e estudantes de 20 municípios caririenses se concentraram em frente à Coordenadoria Regional de Educação, Crede 19.

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