Quase mil fósseis de até 110 milhões de anos são devolvidos ao Cariri

Segundo o Governo do Ceará, esta é a maior repatriação de fósseis do Brasil

Em cerimônia realizada na sede do Geopark Araripe, nesta quinta-feira, 28, no município do Crato, quase mil fósseis, contrabandeados há mais de 10 anos, foram devolvidos ao seu local de origem: a região do Cariri. Na solenidade, algumas poucas peças foram expostas para autoridades, imprensa e comunidade local.

As 998 peças chegaram ao Ceará no último dia 14 de dezembro, após uma operação das Justiças Brasileira e Francesa. A maior parte do material já se encontra no Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, equipamento gerido pela Universidade Regional do Cariri (Urca), em Santana do Cariri.

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O acervo data do período Cretáceo, cerca de 90 a 110 milhões de anos atrás, e foi retirado ilegalmente da Bacia do Araripe. Pterossauros, peixes, insetos, tartarugas e outras espécies da Bacia do Araripe, em ótimo estado de conservação, compõem o material fossilífero. Esta é considerada a maior repatriação de fósseis já realizada no Brasil.

“Esse é um momento importante, pois esses fósseis representam sobretudo a valorização de um patrimônio cultural da região do Cariri”, afirmou Sandra Monteiro, secretária de Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará. A titular marcou presença no evento, junto ao governador Elmano de Freitas.

Segundo apuração do jornalista Hudson Jorge, da rádio O POVO CBN Cariri, o governo do Estado tem a intenção de utilizar esses fósseis em atividades pedagógicas junto às escolas da educação básica da rede pública dos municípios da Região do Cariri.

Inácio Arruda, secretário nacional da Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, também esteve na cerimônia e confirmou à nossa reportagem que o Governo Federal e o Governo do Ceará já discutem um projeto de ampliação das ações do Museu de Paleontologia da Urca.

Segundo o secretário, “a Urca já possui um terreno que deve abrigar todo o acervo do museu, com equipamentos tecnológicos modernos que devem melhorar a conservação e ampliar as possibilidades de realização de pesquisas com esses fósseis que fazem parte do acervo do museu”.

Da Universidade Regional do Cariri, os fósseis seguirão para o Museu de Paleontologia, em Santana, onde serão agregados ao acervo da instituição. Lá, o material será disponibilizado para pesquisas científicas e também exibidos em exposições itinerantes, marcando um importante capítulo na preservação do patrimônio cultural cearense e brasileiro.

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