Fogueiras juninas: cuidados com fogo podem prevenir acidentes

Prestar atenção nas crianças, evitar "pular a fogueira" e prestar atenção no local em que ela será acesa são algumas orientações passadas pelo tenente-coronel Norberto, em entrevista à rádio O POVO CBN Cariri

As fogueiras fazem parte das festividades no período das festas juninas. Para além de iluminar e dar vida às festas, elas estão relacionadas a brincadeiras e à tradição e cultura no Nordeste. Entretanto, é necessário que sejam feitas, conduzidas e apagadas com responsabilidade.

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Esse foi o assunto abordado pelo tenente-coronel Norberto, do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), em entrevista ao jornalista Farias Júnior, da rádio O POVO CBN Cariri, na manhã dessa segunda-feira, 19 de junho. Durante a conversa, ele citou algumas formas de se prevenir de acidentes com fogueiras no período festivo.

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Fogueiras juninas: verifique o local 

Para acender fogueiras, o indicado é que se escolha um local na área rural, e não sobre ruas asfaltadas e nas quais passem muitos veículos. Além disso, como disse o tenente-coronel durante a entrevista, não é indicado fazer fogueiras próximo a pessoas que possuem problemas respiratórios.

No caso de vizinhos apresentarem problemas como esses, que podem ter agravos com as fogueiras, eles podem acionar o Corpo de Bombeiros, que deverá se deslocar ao local e apagar o fogo.

Cuidado ao fazer a fogueira

Antes de acender, é necessário limpar a área em que a fogueira deve ficar e fazer o acero, cujo tamanho deve ser proporcional ao da fogueira.

O tenente-coronel instrui a fazer um círculo com pedras, com uma área de pelo menos um metro de distância do fogo. A única pessoa que deve ter acesso à chamada àrea de calor, entre o círculo e o fogo, é aquela que está acendendo a fogueira.

“Esse é um cuidado primordial que vai garantir que a família faça a sua festividade sem correr o risco de alguém vir a se queimar por conta daquela fogueira”, disse Norberto durante a entrevista.

Evite brincadeiras muito próximas à fogueira

Brincadeiras próximo às fogueiras apresentam riscos de queimaduras e também à vida das pessoas. Quando há crianças próximas, o orientado é que um adulto esteja presente para vigiar as brincadeiras e que elas nunca passem do círculo de pedras.

O tenente-coronel Norberto lembra de uma brincadeira chamada "compadre", na qual, ao fim das festas, costumava-se passar por cima das fogueiras. Essa prática não deve ser realizada sob nenhuma hipótese.

“Quando a gente imagina que isso era feito no passado, as pessoas que permitiam não tinham noção do risco que se estava causando. Não estamos falando de uma queimadura propriamente dita, mas a própria vida que está em risco numa situação como essa”, diz o militar.

Cuidado com as crianças

Além de não se aproximar demais das fogueiras, é importante prestar atenção também nos artigos usados nas brincadeiras infantis, especialmente aqueles que contêm pólvora. Norberto coloca que a venda de alguns explosivos é restrita, tanto na quantidade quanto na idade daqueles que estão comprando.

Para crianças pequenas, o mais seguro é brincar apenas com as pólvoras de efeito sonoro, como as chuvinhas.

Ao final, lembre-se de apagar a fogueira

Ao final das festas, é importante apagar o fogo, seja com um balde de água ou com com algumas pás de areia, para que não fiquem resquícios de brasas que também podem causar queimaduras.

Ocorrências no Cariri

Como explicou o tenente-coronel Norberto, o Nordeste é a região que mais se destaca em ocorrências relativas ao período junino, entretanto, nos últimos anos, o Cariri tem demonstrado uma redução dos acidentes com fogo. No último feriado de Santo Antônio, dia 13 de junho, o Corpo de Bombeiros não registrou ocorrências dessa natureza.

“Mais do que qualquer outra região, estamos à frente nas estatísticas de ocorrências relativas a esse período, mas mesmo assim existe um paliativo. Justamente pelas pessoas aqui da região estarem tão habituadas, o pai, o avô, o tataravô sempre brincou - como a gente chama, no período junino - também é um pessoal mais experimentado nesse aspecto, então o pai que sofreu uma queimadura não quer que o filho sofra”, afirma.

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