Advogado agride médico após briga entre crianças
O médico afirmou que o filho teria sido empurrado por outras três crianças e que tentou conversar com Rodolfo, que é pai de uma delas. Caso foi registrado como lesão corporal
Um advogado, identificado como Rodolfo Ramos Caiado, agrediu um médico após seus filhos discutirem, em um condomínio em Goiânia (GO). Caso aconteceu na segunda-feira, 22, após os filhos de ambos brigarem durante uma partida de futebol na quadra do prédio.
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Caso foi registrado como lesão corporal e Polícia Civil está investigando
Durante a discussão, o advogado aponta o dedo várias vezes para o médico e, em seguida, desfere uma sequência de socos no rosto dele.
A vítima tenta se proteger da agressão com os braços. Em seguida, o homem sai andando da área de lazer.
Conforme o portal G1, Rodolfo alegou que o vídeo teria sido espalhado "com intenção política", por ser sobrinho do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).
No registro policial, o médico afirmou que o filho de 7 anos teria sido empurrado por outras três crianças e que tentou conversar com Rodolfo, que é pai de uma delas.
Momentos depois, os dois acabam se encontrando na área comum do prédio, onde houve a discussão e agressões.
Ao G1, o médico afirmou que sua reação foi motivada pelo medo de que algo acontecesse ao filho: "Eu só disse aos meus filhos para se afastarem e falei: ‘vamos subir, o filhinho de papai está aí’. Eu não chamei o filho dele de covarde, apenas que era uma covardia três meninos irem para cima de um menor", explicou ao portal.
Segundo ele, Rodolfo estava alterado e teria ido até a área da piscina e questionado o que o médico havia dito. Sem revidar, a vítima foi agredida.
“Ele chegou muito nervoso, me cercou e começou a me agredir. Eu só gritava para meus filhos correrem. Meus filhos estão com medo de descer para brincar. Ficaram apavorados com a cena toda", conta.
Advogado negou versão de médico
Rodolfo negou ter iniciado a agressão e afirmou que apenas reagiu à “intimidação” contra seu filho de 8 anos.
Ao G1, ele afirma que o médico teria ido até o menino e o insultado chamando-o de “filhinho de papai” e “veadinho”, além de insinuar que cuidaria dele caso o pai não desse conta. O médico nega que tenha feito ofensas homofóbicas à criança.
“Eu falei que homem fala com homem, não com criança. Ele repetia as provocações, chegou a ameaçar dizendo que ‘cuidaria’ do meu filho. Quando ele voltou a me insultar, eu reagi”, relatou Rodolfo.
A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) informou que o caso foi registrado como lesão corporal na 8ª Delegacia de Polícia. Segundo a corporação, o exame de corpo de delito já foi solicitado e o laudo está em andamento.
A vítima foi orientada a representar criminalmente contra Rodolfo para que a investigação tenha prosseguimento. A polícia deve ouvir moradores e testemunhas do condomínio para esclarecer todos os fatos, incluindo se havia ou não arma de fogo no momento da agressão.