Justiça decreta prisão de 7º suspeito na morte de ex-delegado de SP
Ruy Ferraz foi executado com tiros de fuzis durante uma emboscada em Praia Grande, no litoral de São Paulo, na segunda-feira, 15
A Justiça de São Paulo decretou na manhã deste sábado, 20, a prisão temporária do sétimo suspeito de participar do assassinato de Ruy Ferraz, ex-delegado-geral de São Paulo.
O suspeito foi identificado como William Silva Marques. Ele é o dono da casa em Praia Grande de onde teria saído um fuzil, local onde a suspeita identificada como Dahesly Oliveira Pires foi presa por envolvimento no crime. Ela foi acusada por ter buscado o fuzil utilizado na execução e levado para a capital paulista.
A defesa de William Silva Marques alega que ele colabora com a Justiça e tinha marcado um depoimento que foi cancelado pela Polícia Civil na quinta-feira, 18, segundo nota divulgada no portal CNN.
Ainda de acordo com a nota divulgada, a defesa de Marques tenta remarcar o depoimento e ele segue à disposição da investigação para esclarecimentos.
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Nomes apontados na morte de ex-delegado de SP
Durante a coletiva da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) de São Paulo, foram divulgados os suspeitos de participação no crime. Além de Dahesly foi preso Rafael Marcell Dias Simões, na manhã deste sábado, 20, em São Vicente.
Outro nome é o de Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como “Fofão”. Ele é suspeito de ajudar na logística da ação criminosa e foi preso na sexta-feira, 19.
Também estão envolvidos no caso Flavio Henrique Ferreira de Souza e Felipe Avelino da Silva, conhecido como "Mascherano" no PCC. Ambos são investigados pela execução de Ruy Ferraz.
Relembre o Caso
O ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi assassinado a tiros na segunda-feira, 15, enquanto dirigia um carro no município de Praia Grande, no litoral paulista.
O profissional é conhecido pelo seu trabalho em que dedicou mais de 40 anos à Polícia Civil de São Paulo, focado no combate combate ao crime organizado.
Em nota, a Agência de Notícias do Governo do Estado de São Paulo informou que policiais militares atenderam A ocorrência e localizaram o veículo utilizado pelos criminosos. Na ocasião, os envolvidos perseguiam a vítima, que bateu em um ônibus.
Ruy Ferraz Fontes
Fontes trabalhou em investigações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC) nos anos 2000 e atualmente ocupava a função de secretário de Administração de Praia Grande.
O caso foi registrado na Polícia Civil, e a cena do crime preservada para a realização da perícia.
O delegado era formado em direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, e realizou diversos cursos de combate às drogas e ao terrorismo junto a corporações de segurança internacionais.
Em 2019, o Ministério Público identificou uma ordem para matar Fontes e outros dois delegados em retaliação à transferência de Marcola e outros 21 integrantes do PCC a presídios federais.
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