São Paulo: PMs que mataram homem em situação de rua responderão por homicídio qualificado
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) pediu prisão preventiva dos dois agentes públicos envolvidos. A vítima foi atingida por três tiros de fuzil no dia 13 de junho
Os policiais militares (PMs) que mataram um homem em situação de rua na região central de São Paulo, responderão por homicídio qualificado. A vítima recebeu três tiros de fuzil apesar de estar rendida. A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia e foi decretada a prisão preventiva dos dois agentes públicos.
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As informações são do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP).
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Os acusados responderão por homicídio com as qualificadoras de motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.
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De acordo com o Ministério, no dia 13 de junho os réus realizavam patrulhamento de rotina quando resolveram abordar o homem após vê-lo descendo de uma árvore. Eles constataram que a vítima não portava documentos e a levaram para trás de um pilar sob o viaduto 25 de Março.
Assim, um dos policiais executou o rapaz com disparos de arma de fogo. "Apesar de ele estar rendido e subjugado", afirma o Órgão.
Segundo o promotor, o outro PM aderiu ao propósito "homicida" do colega de farda e colocou a mão sobre a lente da câmera corporal no momento dos tiros. O intuito seria de obstruir o registro da execução.
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Conforme nota enviada ao O POVO, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) informa que a Polícia Militar repudia veementemente a conduta dos envolvidos.
O comando geral da PM, assim que tomou conhecimento das imagens, teria solicitado imediatamente a prisão dos agentes, que permanecem detidos no Presídio Militar Romão Gomes. O Inquérito Policial Militar (IPM) segue em andamento pela Corregedoria da Instituição.
Dessa forma, a entidade de segurança reforça que é uma instituição legalista e jamais compactuará com qualquer tipo de excesso ou desvio de conduta por parte de integrantes, que responderão com rigor às instâncias disciplinares e judiciais competentes.