Novo modelo do Enem: em 2024, exame deve ter prova geral e específica

Recomendações para um novo modelo do Enem foram apresentadas ao Conselho Nacional de Educação (CNE) nessa segunda-feira, 8. O formato prevê prova de conhecimentos gerais e outra dividida em áreas profissionais

As recomendações para o novo modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram apresentadas nessa segunda-feira, 8, ao Conselho Nacional de Educação (CNE). A introdução foi feita em meio a pedidos significativos de demissão no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova.

A nova versão do Enem deve começar a ser aplicada em 2024. No novo formato, a prova deve ter duas etapas, uma de conhecimentos gerais, e outra dividida em quatro áreas profissionais, conforme divulgou o jornal Estadão, que teve acesso ao documento com as recomendações. Ainda, a prova pode ter questões dissertativas, não apenas de múltipla escolha. As sugestões entraram em consulta pública; elas serão votadas pelo conselho em dezembro.

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Ex-presidente do CNE, Maria Helena Guimarães de Castro propõe a segunda etapa da prova dividida da seguinte maneira:

  • Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), classificando alunos para cursos das Engenharias, Química, Computação, entre outros;
  • Ciências Sociais Aplicadas, para cursos de Economia, Administração, Direito;
  • Humanidades, Linguagens e Artes, para cursos de Filosofia, História, Pedagogia, entre outros;
  • Ciências Biológicas e Saúde, para cursos de Medicina, Enfermagem, Meio Ambiente, entre outros.

Novo ensino médio

Essa estrutura é proposta em consonância com exigências legislativas, pois as escolas passam a ofertar o novo ensino médio a partir de 2022. O sistema flexibilizará as escolhas dos alunos sobre seus próprios currículos, segundo suas preferências e suas aspirações profissionais. Nesse sentido, a nova versão do Enem avaliará esse método de formação.

Segundo Maria Helena, a confecção do novo formato foi pensada a partir de experiências compartilhadas por outras secretarias, entidades e universidades, associadas com estudos de experiências internacionais realizado pela consultoria Vozes da Educação com apoio do Itaú Educação e Trabalho. A maioria dos países estudados segue o modelo de prova geral somada a prova escolhida pelos estudantes.

Caso o novo Enem seja aprovado, o Inep deve começar a elaborar o exame tendo em vista as especificidades. Maria Helena se preocupa com “como e quando” isso deve ser feito, devido à exoneração coletiva de 29 coordenadores da autarquia responsável pelo exame, poucos dias antes do Enem 2021. “O MEC precisa se preparar, contratar consultores, fazer investimento em dinheiro e técnico para ter um novo banco de itens [para as perguntas da prova específica]”, relata a ex-presidente do CNE.

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