Famosos criticam xenofobia em fala de Antônia Fontenelle sobre DJ Ivis

"Esses paraíbas fazem um pouquinho de sucesso e acham que pode tudo", disse a youtuber. Em seguida, tentou se explicar, dizendo que a fala aconteceu por "força de expressão". Artistas e influenciadores paraibanos repudiaram o discurso

Ao se manifestar sobre as agressões do DJ Ivis contra sua esposa, a atriz e youtuber Antônia Fontenelle, de 48 anos, usou o termo “paraíba”, considerado xenofóbico e pejorativo para nordestinos. A declaração foi feita em comentário no Instagram. Depois, artistas e influenciadores paraibanos repudiaram o comentário de Fontenelle.

“Esses paraíbas fazem um pouquinho de sucesso e acham que pode tudo. Amanhã vou contatar as autoridades do Ceará para entender porque esse cretino não foi preso”, escreveu a atriz. Após ser acusada de xenofobia por internautas, ela tentou se explicar, dizendo que a fala aconteceu por “força de expressão” e que, por “paraíba”, se referia “a quem faz ‘paraibada’, pode ele ser sulista, nordestino, o que for”.

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— William De Lucca (@delucca) 12 de julho de 2021

Juliette Freire, campeã do “Big Brother Brasil 21”, usou as redes sociais para criticar o discurso de Fontenelle. “Não é força de expressão, é xenofobia. Não existe ‘ser Paraíba’ e ‘fazer paraibada’. Existe ser paraibana/o, o que sou com muito orgulho”, disse a advogada no Twitter. “Se você quer usar algum adjetivo ruim, use agressor, criminoso. Isso não é brincadeira. Isso machuca e reproduz um discurso de ódio e xenofóbico”, acrescentou, no Instagram.

Do mesmo reality show, Gilberto Nogueira também usou o Twitter para comentar a fala da atriz. “Não usem meu nordeste para tentar ofender essa pessoa [DJ Ivis]! Xenofobia não dá mais”, escreveu. Ele aproveitou para manifestar sua indignação com o caso de agressão do DJ. “Estou muito triste e indignado com tudo isso. Minha família é de mulheres e minha mãe sempre me ensinou a respeitar e proteger. Nunca nenhum homem deve levantar a mão para uma mulher, em nenhuma hipótese”, disse.

Em resposta às publicações de Juliette, a ex-BBB Flayslane escreveu: “Que bom que ela [Juliette] tá aqui fora agora pra isso. Xenofobia aqui não”. A cantora Elba Ramalho publicou dois stories com as frases: “Paraibana sim, com orgulho. Paraibada não, xenofobia não!”. O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) também publicou sobre a fala de Fontenelle. “Paraibada não existe, pegue sua xenofobia e vá se lascar”, escreveu o político paraibano.

O argumento de Fontenelle sobre o termo “paraibada” foi questionado pelo ator Thardelly Lima, também natural do estado da Paraíba. “De onde foi que ela tirou que uma pessoa que comete qualquer burrice, estabanada, crime, ou qualquer coisa, tem o direito de ser chamada de paraibanada?”, disse.

Situação anterior

Essa não é a primeira vez que Fontenelle sofre acusação similar. No início deste ano, a atriz Giselle Itié processou a youtuber por racismo e xenofobia. Itié denunciou, em 2020, que sofreu abuso sexual de Marcos Paulo enquanto filmava a novela “Começar de Novo”, em que interpretou sua primeira protagonista. Fontenelle, ex-esposa de Paulo, logo se manifestou.

Além de rejeitar a possibilidade do abuso sexual, a youtuber ordenou que Itié, natural do México, voltasse para seu país. “É o melhor que você faz”, disse. Segundo a defesa de Fontenelle, “houve um relacionamento lá atrás entre Marcos Paulo e Giselle Itié e que ficou uma fantasia em relação ao Marcos Paulo. A frase 'volta para o seu país' seria 'volta para a sua fantasia'. Esse é o sentido da frase que foi dita”.

O caso DJ Ivis

O comentário recente de Fontenelle aconteceu após as denúncias de agressão feitas pela influenciadora Pamella Holanda contra o marido, DJ Ivis. Imagens de câmeras de segurança, divulgadas por Pamella no domingo, 11, comprovam as agressões, segundo a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE). Nos vídeos, o DJ é visto socando e puxando a esposa na frente da filha Mel, de nove meses.

Em entrevista ao jornalista Léo Dias, do portal Metrópoles, Pamella disse que passou a ser violentada física e psicologicamente pelo cantor ainda em 2020, poucos meses antes do nascimento da filha do casal. “A primeira vez que ele me agrediu foi quando eu estava grávida de cinco meses. Ele me pegou pelo pescoço e veio me arrastando pelo corredor que tinha no apartamento até o sofá”, revelou. Desde então, segundo Pamella, a violência passou a fazer parte da rotina do casal.

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Apesar das agressões comprovadas, Ivis continua ganhando seguidores nas redes sociais. Desde a divulgação dos vídeos comprobatórios, ele já ganhou mais de 220 mil seguidores no Instagram. Em apenas uma hora, passou de 729 mil para 780 mil. Agora, já tem 965 mil seguidores, 216 mil a mais que antes da divulgação das imagens em que aparece batendo na esposa.

O aumento dos seguidores gerou revolta nas redes sociais. "Dj Ivis só ganha seguidores cada vez mais. Faltando pouco pra chegar em 1M [um milhão]. Cadê o senso de quem 'tá' seguindo ele?????", escreveu uma internauta. "Dj Ivis tem um vídeo exposto espancando sua mulher e ganha, no mínimo, 50 mil seguidores no Instagram. Eu só quero uma justificativa pra isso, uma", escreveu outra.

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