Suspeito de matar família em Brasília fez cursos para aprender a se colocar no lugar das vítimas

Antes de se tornar o principal suspeito pela morte de uma família em Brasília, Lázaro Barbosa de Sousa, 32, esteve preso no Complexo Penitenciário da Papuda (DF), onde participou de atividades de ressocialização. Conforme processo obtido pelo portal G1, o homem cumpriu pena pelos crimes de roubo e estupro e teve que passar por cursos de "empatia, sexualidade e para se colocar no lugar das vítimas".

Os crimes foram praticados em 15 de novembro de 2009 e Lázaro foi preso nove meses depois, sendo condenado a quase dois anos de prisão. Depois de três anos presos, o criminoso participou de cursos para que sua pena passasse do regime fechado para o semiaberto, o que lhe garantia benefícios.

O relatório mostra que em setembro de 2014 o indivíduo passou para o Centro de Internamento e Reeducação (CIR) do presídio, onde acompanhou formações cujas temáticas eram voltadas à Lei Maria da Penha e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, com abordagem também para sexualidade saudável e fantasias sexuais. Além disso, participou de cursos para ter empatia e se colocar no lugar das vitimas. 

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Lázaro participou de todas as atividades dos grupos e ganhou um atestado de bom comportamento, tendo a progressão de pena autorizada pelo justiça dias depois. O fato ocorreu mesmo após um laudo psicológico feito em 2013 ter apontado traços de "agressividade e preocupações sexuais" no individuo, indicando que ele poderia voltar a cometer delitos caso retornasse para o convívio social.

Foragido da polícia

O criminoso está foragido da polícia desde o dia 9 deste mês, quando invadiu a residência de uma família na cidade de Ceilândia do Norte (DF) e matou a tiros e facadas o pai, Cláudio, 48, e os filhos Carlos Eduardo, 21, e Gustavo, 15. A mãe da família teve a vida poupada naquele momento, mas foi levada e apareceu três dias depois em um córrego, sem vida, nua e com os cabelos cortados.

Desde o dia do crime o homem tem usado as habilidades como caçador e mateiro, uma espécie de "guarda das matas" para se esconder nas áreas de mata, sítios e chácaras. Conhecido nas redes sociais como "Serial Killer de Brasilia", Lázaro tem mais de 200 policiais de esferas como a federal em sua busca.

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