Conmebol multa River Plate em R$ 150 mil por caso de racismo em jogo contra o Fortaleza

O clube argentino foi enquadrado nos artigos 9 e 17 do código disciplinar da Conmebol; confederação emitiu nota repudiando qualquer caso de racismo e afirmou que haverá punições mais brandas em caso de reincidência

Após o caso de racismo por parte de um torcedor do River Plate contra torcedores do Fortaleza pela Libertadores, a Conmebol puniu o clube argentino no valor mínimo de US$ 30 mil, cerca de R$ 150 mil na cotação atual, por discriminação. A decisão foi tomada pelo tribunal disciplinar da entidade na última quinta-feira, 28.

O River Plate foi enquadrado pela Conmebol nos artigos 9 e 17 do código disciplinar, na qual se referem à responsabilidade objetiva do clube sobre as ações do comportamento dos torcedores e em discriminação, respectivamente.

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Nesta semana ocorreram mais quatro casos de racismo contra torcedores de times brasileiros em jogos pela Libertadores, sendo todos denunciados para a unidade disciplinar da Conmebol, que ainda vai julgar os processos.

Em nota, a confederação afirmou que uma punição mais branda será aplicada em caso de reincidência.

Confira a nota completa da Conmebol abaixo

Diante dos últimos casos de manifestações racistas ocorridos durante os torneios da CONMEBOL, a Confederação Sul-Americana de Futebol afirma o seguinte

-A CONMEBOL considera ABSOLUTAMENTE INACEITÁVEL qualquer manifestação de racismo e outras formas de violência em seus torneios. Assume e assumirá sempre a sua quota-parte de responsabilidade no combate a todo o tipo de discriminação. O combate a este flagelo ocupa um lugar central nas preocupações e no trabalho da CONMEBOL, o que se evidencia nas múltiplas campanhas de sensibilização e ações de grande envergadura, bem como na aplicação de sanções a quem incorrer nestas práticas desprezíveis. .

-A CONMEBOL promoverá mudanças na regulamentação para AUMENTAR E ENDURECER as penalidades em casos de racismo. Também se compromete a desenhar e implementar novos programas e ações que visem banir definitivamente este problema do futebol sul-americano.

-O futebol é um difusor incomparável de valores positivos e construtivos na sociedade. Nos campos, treinos e competições, os jogadores de futebol aprendem desde cedo a respeitar seus adversários e valorizar suas virtudes, a tolerar os erros dos companheiros e ajudar a corrigi-los, a trabalhar em equipe e em união, a saber que o caminho para vitória É a do trabalho e do sacrifício. A CONMEBOL intensificará o trabalho contra o racismo e outras formas de discriminação nas CATEGORIAS DE TREINAMENTO.

-É preciso ressaltar que o racismo não é um fenômeno que começa e termina no futebol, que, sendo um espetáculo massivo, torna-se mais um campo de ampla visibilidade em que este e outros vícios sociais podem vir à tona. A sensação de anonimato proporcionada pelas arquibancadas esportiva leva os desajustados a desencadear seu comportamento inaceitável. No entanto, isso mudou muito nos últimos anos, pois agora é possível IDENTIFICAR CLARAMENTE OS INFRATORES E PUNÍ-LOS COM A MAIOR GRAVIDADE.

-Esses flagelos não serão superados se não se entender primeiro que eles devem ser atacados em todos os níveis: na educação familiar, nas escolas e faculdades, na mídia, nas organizações civis, no mundo empresarial, através das políticas públicas e certamente também em esportes.

-A CONMEBOL exorta todos os jogadores do futebol sul-americano - clubes, federações, mídia e torcedores - a REDOBRAR ESFORÇOS PARA ERRADICAR O RACISMO e outras formas de violência e discriminação e preservar o que há de mais valioso no nosso esporte: sua mensagem de camaradagem, esportividade e saúde concorrência.

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