Torcida organizada do Fortaleza profere gritos homofóbicos durante partida contra o Coritiba, no PV

Os cânticos preconceituosos ocorreram neste domingo, 27, no Estádio Presidente Vargas, durante o duelo contra o Coxa, pelo Brasileirão

A torcida organizada do Fortaleza voltou a proferir cânticos homofóbicos nas arquibancadas. Desta vez, os gritos de cunho discriminatórios aconteceram durante a vitória por 3 a 1 diante do Coritiba, no Estádio Presidente Vargas, na noite deste domingo, 28, pela Série A do Campeonato Brasileiro.

As falas preconceituosas aconteceram, pelo menos, cinco vezes ao longo do jogo e foram puxadas pela Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF), em provocação ao rival Ceará. “Ceará gay”, era o que falavam os torcedores durante o primeiro e segundo tempo do confronto.

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Na súmula da partida, o árbitro Matheus Delgado Candançan, de São Paulo, escreveu que “nada houve de anormal”. Portanto, os gritos pejorativos não foram relatados.

"Eu me senti deslocado. Não me sinto pertencente daquele ambiente, do estádio. Quando estão tendo esses cânticos homofóbicos, eu fico me questionando se realmente vale a pena o esforço que eu faço de pagar o sócio mensalmente para ter que ir todo jogo e ouvir isso. Eu sempre vou para o estádio, desde os oito anos de idade, e desde essa época tem esses cânticos homofóbicos. Está na hora de mudar. E claro que o Fortaleza tem que fazer algo para que isso não aconteça, para que esses torcedores se reeduquem", disse um torcedor do Fortaleza que esteve no estádio e preferiu não se identificar.

Vale lembrar que alguns clubes do futebol brasileiro foram punidos por cânticos homofóbicos proferidos por parte da torcida. O Ceará, por exemplo, foi julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), e multado no valor de R$ 40 mil. O Vovô foi absolvido da perda de mando de campo.

O Corinthians, por sua vez, sofreu a perda de um mando de campo. No duelo diante do Vasco, na Neo Química Arena, o Timão jogou de portões fechados, ou seja, sem a presença do público devido.

Coletivo Canarinhos LGBTQ+ irá denunciar torcida do Fortaleza

O coletivo “Canarinhos LGBTQ+”, grupo que reúne adeptos de diversos clubes do país para combater a homofobia nos estádios, vai protocolar uma denúncia contra a torcida do Fortaleza pelos cânticos pejorativos proferidos nas arquibancadas para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ao STJD, além de comunicar o Ministério Público do Estado do Ceará.

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