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Contato entre Ceará e Fortaleza, reunião no RJ e acerto rápido: os bastidores do caso Marlon

Executivo de futebol do Alvinegro comunica Tricolor, janta com empresário e fecha pré-contrato em três dias. Leão lamenta postura do jogador

A inesperada troca de clube do meia Marlon nos meses finais da temporada 2020 movimentou os dois principais rivais do futebol cearense nesta quarta-feira, 2, mas já era tema interno nos dois clubes há alguns dias. O Esportes O POVO apurou os bastidores do caso, que teve contato entre Ceará e Fortaleza, reunião no Rio de Janeiro, desfecho rápido e decepção.

Contratado em 2018 pelo Tricolor, o camisa 28 tinha contrato até o último dia deste ano e negociava a extensão. O meio-campista pedia dois anos de vínculo, enquanto o clube propôs apenas mais um ano, com aumento salarial. As partes não chegaram a consenso, mas ainda havia discussão aberta sobre o tema.

Em meio às tratativas, o Alvinegro se interessou pela contratação do jogador de 30 anos. O executivo de futebol Jorge Macedo entrou em contato com o executivo de futebol do Fortaleza, Sérgio Papellin, para comunicar do desejo de contar com Marlon na próxima temporada.

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O estafe do atleta também foi procurado, e as negociações com o Vovô foram iniciadas. Na noite do último domingo, 29, com a delegação cearense no Rio de Janeiro para o jogo contra o Vasco da Gama-RJ, Macedo se reuniu com o empresário de Marlon e oficializou a oferta, com aumento salarial de quase 100%.

O jogador chegou a consenso com a família e aceitou a proposta, assinando o pré-contrato no início desta semana — a legislação permite que esse tipo de vínculo seja formalizado a partir do prazo de seis meses antes do encerramento do contrato atual. No Alvinegro, a contratação é vista como positiva pela polivalência do reforço, além de estar habituado à cidade e à realidade do clube.

Marlon e seu estafe não comunicaram sobre o acerto com o Ceará ao Leão do Pici, o que deixou os dirigentes insatisfeitos com a condução do caso e levou à decisão de rescisão imediata do contrato, comunicada em nota no início da tarde desta quarta. "Não pisa mais nem na calçada", assegurou uma fonte ao Esportes O POVO.

A revolta tricolor se dá por dois motivos: a falta de transparência e a baixa no elenco pouco numeroso. Os dirigentes lembram da situação do goleiro Felipe Alves, que recebeu proposta do Vovô no final da última temporada, comunicou o clube e chegou a um acordo de renovação por dois anos. Na parte esportiva, Marlon era um 12º jogador desde a época de Rogério Ceni e manteve o status com Marcelo Chamusca, inclusive sendo titular.

No momento, o jogador cumpre período de isolamento por ter testado positivo para Covid-19. A partir da publicação da rescisão com o Fortaleza no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o estafe do atleta e o Ceará definirão os próximos passos.

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