CEO do Ceará projeta orçamento para 2026 e mantém foco em responsabilidade financeira
Haroldo Martins explicou que o processo envolve projeções com participação em diferentes competições, variações de aporte financeiro e projeções de custos
Em entrevista concedida ao programa Esportes O POVO, o CEO de futebol do Ceará, Haroldo Martins, detalhou como o clube já iniciou o planejamento financeiro para a temporada de 2026. Segundo o dirigente, as definições orçamentárias estão sendo construídas em conjunto com o CEO do clube, Danilo Bittencourt, a partir de diferentes cenários competitivos e níveis de investimento.
Haroldo explicou que o processo envolve projeções com participação em diferentes competições, variações de aporte financeiro e projeções de custos como folha salarial e compra de direitos econômicos. É a partir dessa análise que o departamento de futebol recebe o “norte” sobre a capacidade de investimento.
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“A gente fez, recentemente, uma reunião com o Danilo Bittencourt para traçar essas premissas orçamentárias do ano que vem. Traçamos cenários alternativos: com tais competições, com outras competições; com limitação financeira ou sem. Vem dele o retorno de que orçamento a gente vai ter, que margem vai ter para investimento, de compra de direitos econômicos, de custeio de folha. A partir daí a gente vai ter esse norte.”
Haroldo reforçou ainda que, desde que assumiu o clube após o rebaixamento de 2022, o presidente João Paulo Silva vem conduzindo uma reconstrução administrativa e financeira. O dirigente destacou que o Ceará não ultrapassou o limite de gastos previstos para o futebol e que a execução orçamentária tem sido “perfeita”.
“O presidente assume o clube num pós-rebaixamento e vem, desde então, superando limitações organizacionais, políticas e financeiras. Tem sido bem-sucedido: o clube entrega performance esportiva, títulos, acesso, aumento de orçamento... E isso nos permite implementar nossas ideias fora da caixa.”
“O Ceará não excedeu um real do orçamento previsto para o futebol. Está tudo seguido à risca: custeio, investimento... A execução foi exatamente conforme o orçamento projetado de 2024 para 2025. Isso é muito bom, um sinal de boa gestão.”
O CEO ressaltou que o clube conseguiu realizar as receitas previstas no orçamento, atingiu os objetivos esportivos necessários para geração de receita e manteve controle rígido dos gastos. Entretanto, lembrou que o Ceará ainda carrega passivos de anos anteriores, como dívidas e compromissos originados entre 2022 e 2024, período que incluiu o rebaixamento e seus efeitos econômicos.
“O Ceará vem lidando com passivos de anos anteriores, vem carregando a sequela do rebaixamento, coisas de 2022, 2023, 2024... Mas o presidente vem lidando muito bem com isso. O clube fez diversos acordos durante o ano já solucionando essas questões.”
Mesmo com essas restrições, Haroldo afirma que há confiança em que, mantendo-se na Série A nas próximas temporadas, o Ceará terá condições de ampliar gradualmente sua capacidade de investimento — sem exageros ou promessas irreais.
“Se houver permanência na Série A nos anos seguintes, o Ceará vai, gradativamente, tendo uma possibilidade maior de investimento. O Ceará não vai ficar rico de um ano para o outro, mas vai aumentando sua capacidade passo a passo.”
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