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Robinho condenado por estupro na Itália: entenda julgamento e relembre caso

O atacante Robinho foi condenado em última instância italiana a nove anos de prisão por caso de estupro coletivo de mulher albanesa. O crime ocorreu há quase nove anos em uma boate de Milão, em 22 janeiro de 2013

Hoje, quarta-feira, 19, o jogador de futebol Robinho, de 37 anos de idade, foi condenado pela Justiça italiana a nove anos de prisão por violência sexual. O crime foi cometido em 2013 contra uma mulher albanesa na cidade de Milão. A Corte de Cassação de Roma, última instância da Justiça do país europeu, rejeitou o recurso apresentado pelo atacante e por Ricardo Falco, amigo do jogador também envolvido no caso.

A audiência para julgar o último recurso do jogador foi o primeiro caso a ser julgado no dia, ocorrendo às 6h30 de hoje e durando aproximadamente meia hora. A sentença foi divulgada por volta do meio-dia, sendo estabelecida a execução imediata da pena.

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Robinho condenado por estupro: decisão da justiça italiana e extradição

A Corte de Cassação de Roma é equivalente ao Supremo Tribunal Federal brasileiro (STF). A instituição deverá pedir a extradição de Robinho e Ricardo Falco, que deve ser impossibilitada pela constituição de 1988, em cujo texto consta como proibida a extradição de brasileiros.

Assim, a Justiça da Itália pode pedir a transferência de execução da sentença à Justiça do Brasil, de modo que os dois possam cumprir a pena em uma penitenciária brasileira. Para tanto, é necessária a homologação do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Robinho condenado por estupro: relembre o caso

O estupro julgado aconteceu em janeiro de 2013 na cidade italiana de Milão. O ato de violência sexual foi cometido contra uma mulher albanesa que, à época, comemorava seu 23° aniversário. O fato sucedeu no camarim de uma boate e desde que a vítima do estupro anunciou o ocorrido, há quase nove anos, a Itália notificou dezenas de casos semelhantes que envolviam, até mesmo, filhos de políticos do país.

Além de Robinho, que naquele ano jogava no Milan, e seu amigo Ricardo Falco, mais quatro brasileiros foram denunciados por participação no ato do crime. Conforme balanço do judiciário realizado pelo “IBGE italiano”, a maioria dos acusados tinha entre 20 e 25 anos de idade; Robinho tinha 29. Na época das investigações, os envolvidos já haviam deixado o país e, por isso, não foram processados.

Robinho condenado na Itália: entenda o julgamento

Em 2014, quando Robinho foi interrogado pela primeira vez, ele reconheceu que teve relação sexual com a vítima, mas negou qualquer acusação de estupro que tenha sido feita, ressaltando que o ato foi consentido e que não houve outros envolvidos. No entanto, a perícia encontrou a presença do sêmen de Falco nas roupas da jovem.

No mesmo ano, o jogador deixou a Itália, quando havia sido convocado para depor no inquérito de investigação do crime. O processo, todavia, só começou em 2016, tendo a primeira sentença estabelecida em novembro de 2017, quando Robinho jogava pelo Atlético-MG.

Na ocasião, a defesa de Robinho afirmou que não havia a possibilidade de provar que a moça estava em condições de vulnerabilidade devido ao consumo de álcool, como consta no texto da sentença.

Por outro lado, segundo gravações apresentadas na sentença inicial, conforme a juíza que participou do julgamento em primeira instância, procede a versão da vítima de que houve estupro coletivo cometido por seis homens contra uma mulher que estava alcoolizada e inconsciente. "A mulher estava completamente bêbada", afirmou o futebolista em uma das conversas gravadas.

Em outubro de 2020, Robinho foi contratado pelo Santos, mas o vínculo do jogador com o clube foi suspenso após pressão da torcida e de patrocinadores. Em dezembro do mesmo ano, a Corte de Apelação de Milão, segunda instância da justiça italiana, confirmou a pena de nove anos de reclusão para o atacante e o seu amigo Falco.

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