Camilo diz que fim da aliança entre PT e PDT no Ceará é "página virada"

Petista repercutiu racha entre os partido na aliança governista

Com Elmano de Freitas (PT) eleito governador do Ceará em primeiro turno, o senador eleito Camilo Santana (PT) classificou o fim da aliança de mais de 16 anos entre a sigla petista e o PDT como "página virada".

"Acredito que dá tempo ao tempo para as feridas cicatrizarem, porque sempre ficam feridas, sempre ficam sequelas das eleições pelos momentos que ocorreram nesse primeiro turno", disse o petista.

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As declarações foram feitas durante entrevista ao programa O POVO no Rádio, das rádios O POVO CBN e CBN Cariri. Durante o encontro, ele classificou como natural que a atual chefe do Executivo cearense, Izolda Cela (sem partido), concorresse ao Palácio da Abolição nas eleições de 2022. "Passou sete anos e três meses comigo, assumiu o governo, era do PDT e tinha o direito à reeleição. Tiraram o direito de uma mulher", acrescentou.

Os partidos romperam a aliança governista, que durava desde 2006, em julho deste ano, quando a legenda pedetista lançou o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT) como candidato ao governo. Na época, os petistas, que defendiam o nome de Izolda, classificaram a atitude como "rompimento tácito e unilateral" e lançaram o nome de Elmano, que acabou eleito ainda no primeiro turno.

Questionado sobre a relação com RC, o senador eleito disse que ainda não conversou com o pedetista após a votação do último domingo, 2. "Por uma questão de justiça, nós tomamos a decisão de lançar um candidato. Acho que eu me surpreendi muito com a postura do Roberto durante as eleições porque eu acho que fomos grandes parceiros aqui no Município", ressaltou. 

Durante a campanha eleitoral, os ex-aliados trocaram ataques. Em um dos embates, a campanha do ex-prefeito da Capital acusava os adversários de cooptação de prefeitos para apoio da campanha do PT. Na época, Camilo classificou a postura do político como "triste e lamentável" e acrescentou: "Peço que Roberto reflita sobre esse caminho que resolveu trilhar".

Segundo turno

O ex-governador ressaltou que, nesse momento, o foco é eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disputa o segundo turno das eleições para o Palácio do Planalto contra o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL). “Essa será a nossa meta e o tempo vai nos dar oportunidade para sanar essas feridas, fazer auto reflexão, avaliações, correções pelo bem do Ceará”, disse.

Para isso, o senador Cid Gomes (PDT) foi escalado para fazer o diálogo com os correligionários do PDT, que declarou apoio ao petista em âmbito nacional.

Assista à entrevista completa com Camilo Santana

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