"Teríamos um diálogo mais frutífero com Cid. Com Ciro não foi possível", diz Guimarães

O deputado federal José Guimarães (PT) admitiu que a ausência do senador Cid Gomes (PDT) das articulações para a escolha do nome governista que disputará o Palácio da Abolição está sendo sentida. "Estou sentindo a ausência dele. Não creio que isso seja fator decisivo, mas provavelmente teríamos um diálogo mais frutífero com Cid. Com o Ciro não foi possível", afirmou o petista, que visita a Assembleia na manhã desta sexta-feira, 15.

O sumiço de Cid Gomes é um dos fatos mais controversos da sucessão cearense. Desde maio que ele não dá declarações nem não participa de nenhuma reunião para discutir as eleições no Ceará. Segundo o presidente estadual do PDT, deputado André Figueiredo, Cid pediu ao irmão Ciro Gomes que o representasse nessa reta final de definições.

Pré-candidato à Presidência da República, Ciro deu a linha de como será  a escolha do candidato do PDT ao Governo. Primeiro, reuniu todos os pré-candidatos - governadora Izolda Cela, ex-prefeito Roberto Cláudio, presidente da Assembleia Evandro Leitão e deputado Mauro Filho - e anunciou que uma pesquisa seria feita para ajudar na decisão do nome que disputará o Palácio da Abolição. O resultado foi favorável a RC: quatro pontos de distância para Capitão Wagner - empate técnico -, enquanto Izolda ficou 22 atrás.

Na última segunda-feira, dia 11, o ex-ministro participou de reunião das bancadas estadual e federal do PDT, e soltou broncas contra Evandro Leitão, que articulou recente encontro de parlamentares do PDT com o ex-governador Camilo Santana (PT), defensor da candidatura de Izolda Cela. Além da lavagem de roupa-suja, ficou decidido que não serão aceita "vozes dissidentes" após a definição do diretório estadual sobre quem disputará o governo. O aguardado e crucial momento ocorre nesta segunda-feira, 18.

com informações do repórter Filipe Pereira

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