"Custo a acreditar que tome posição extremada", diz presidente do PDT sobre Guimarães

| Eleições no Ceará | Andre Figueiredo avalia que José Guimarães pode ter sido tomado pelo "calor do momento" da plenária que lotou sede do PT

Presidente do PDT no Ceará, o deputado federal André Figueiredo afirmou ao O POVO que o colega de Câmara dos Deputados José Guimarães (PT) não deve defender, de fato, o rompimento da aliança entre os dois partidos, nascida em 2006, no caso de o ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) ser o candidato da bloco da situação ao Governo do Ceará.

Figueiredo disse acreditar que o petista, a quem definiu como "grande parceiro", foi impulsionado pelo "calor do momento". Definiu o tom de Guimarães como "incisivo". Em entrevista exclusiva ao O POVO, o parlamentar do PT afirmou que a legenda buscará outro caminho se a candidatura pedetista for a de RC.

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"Eu tô dizendo isso não é pra vetar nada, é pra dizer que nós temos uma construção a ser feita. O PT não tem o direito de vetar ninguém. São escolhas políticas que os partidos irão fazer. Por isso que eu disse ali que, se o PT for chamado pra cumprir uma missão, nós estamos dispostos a isso", afirmou Guimarães.

E disse: "Queremos manter aliança, mas me diga uma coisa: qual é a razão nobre para tirar essa mulher?". Ao final da conversa, ele jogou pressão sobre os pedetistas ao afirmar não saber como a Izolda está aguentando o processo de escolha em meio ao andar de seu governo. 

No ato puxado por ele na sede do PT, que antecedeu a entrevista, o petista disse estar preparado para a "missão de sair candidato ao Governo do Ceará, de modo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possa ter um palanque para quando a campanha pelo terceiro mandato nacional aterrissar no Ceará. 

"Ele (Guimarães) compreende a importância da união para barrar o bolsonarismo no Ceará. Não creio que seja o perfil do deputado Guimarães afirmar, por exemplo, de que se for o Roberto Cláudio a aliança está desfeita. Custo a acreditar. Não estamos dizendo que vai ser ele. Só não aceitaremos vetos injustificados", disse o líder pedetista.

Figueiredo sublinhou que é legítimo que o PT manifeste preferência por uma candidatura, assim como também é legítimo que os trabalhistas definam seu nome. A "relação institucional" entre os dois partidos, disse, é positiva a nível nacional e estadual.

Perguntado se a defesa enfática da governadora Izolda Cela (PDT) por petistas a pode prejudicar  o processo de algum modo, o ex-ministro opinou que não. Ele frisou que a dinâmica do PDT gira em torno de quatro pré-candidaturas: Izolda, Roberto Cláudio, Evandro Leitão (presidente da Assembleia Legislativa) e Mauro Filho (deputado federal). 

O PDT ainda tem dois encontros regionais pelo Ceará para fechar série de 12. Itarema e, por fim, Sobral, berço político dos irmãos pedetistas Ciro e Cid Gomes. A proposta dos eventos é sentir, de lideranças municipais e militantes do partido, para quem o ambiente estava mais favorável. Também lançar uma análise crítica sobre os anos de Cid Gomes (2007-2014) e de Camilo Santana (2015-2022) à frente da administração estadual. 

Também haverá, próximo dia 15, evento mobilizado pelo PDT do Nordeste, que reunirá a principal liderança, o ex-governador e pré-candidato a presidente Ciro Gomes, além de prefeitos, vice-prefeitos e parlamentares da legenda.

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