"Aliança não é fim em si" e vontade do povo é maior que "ambições, fofocas e intrigas", diz RC

Roberto Cláudio, depois de Izolda, explicita intenção de ser candidato: "Desejo de poder dar minha contribuição para o Ceará, eu tenho, não nego"

Alvo de pressão de partidos aliados, que cobram a candidatura da governadora Izolda Cela (PDT) à reeleição, o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), disse que a aliança é o instrumento, e não o próprio objetivo a alcançar. Pré-candidato a governador pela base governista, ele acredita que olhar apenas para a aliança leva à derrota.

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"Aliança é um meio, não é um fim em si mesmo. A gente não trabalha para fazer uma aliança para ganhar de véspera. Normalmente quem faz isso perde a eleição", afirmou, em entrevista nesta sexta-feira, 8, à rádio Jovem Pan Fortaleza.

Roberto Cláudio enfatiza que o principal, acima da aliança, é a vontade popular. "Ser candidato e ganhar uma eleição não pode ser um produto apenas de um desejo, é de uma circunstância, de uma vontade popular, de um desejo da população."

 

O ex-prefeito completa: "É isso que nos une, essa humildade de entender que essa é uma circunstância maior que as ambições pequenas, que as futricagens, que as fofocas, que as intrigas. Isso tem que ser muito maior."

Roberto Cláudio reconhece as limitações das pesquisas, mas considera um instrumento para dar objetividade à decisão. "Pesquisas não são definitivas, claro, principalmente a esse tempo. Mas elas são expressões do desejo popular ao tempo em que ela é feita", afirma, pontuando ainda: "O mais importante a esse momento é a gente entrar na sintonia do batimento do coração do povo cearense."

Esse, segundo Roberto Cláudio, deve ser o meio para escolher a candidatura ao governo. Daí se passa à conversa com aliados. "A partir dessa decisão, construir a aliança mais ampla possível".

Em pesquisa Quaest, contratada pelo PDT e divulgada nesta semana, Roberto Cláudio aparece quatro pontos atrás de Capitão Wagner (União Brasil), em empate técnico. Já a principal concorrente pela vaga, Izolda Cela, tem 22 pontos de desvantagem. Partidários de Izolda querem que a pesquisa não seja o principal parâmetro e pressionam pela reeleição.

Ainda na entrevista, Roberto Cláudio reforça, além do tamanho, a importância de a aliança ter afinidade entre os membros. "A aliança é tão mais forte quanto mais coesa e homogênea ela puder ser."

Ele também explicitou a intenção de ser candidato a governador. "Desejo de poder dar minha contribuição para o Ceará, eu tenho, não nego." Na véspera, Izolda havia também manifestado a intenção de ir para a reeleição.

Sobre as divergências internas, Roberto Cláudio aposta no entendimento após a escolha ser confirmada. "Tudo isso se resolve quando a gente chegar a uma decisão." Durante o processo, ele considera naturais os atritos. "Por enquanto, é da política. A disputa, o desejo. Tudo isso é da natureza humana da política."

 

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