Pacientes curados de Covid-19 morrem por falta de antibióticos em hospitais públicos e privados

13 estados e o Distrito Federal sofrem com a falta de Polimixina

Pacientes que conseguiram se recuperar da Covid-19 estão morrendo por infecção hospitalar devido a falta de Polimixina, principal antibiótico que mata bactérias multirresistentes. O problema afeta hospitais públicos e particulares de 13 estados e do Distrito Federal, segundo informações do Jornal Hoje, da TV Globo. Morreram 11 pacientes.

O antibiótico costuma ser usado quando todos os demais falham. Dificilmente há substituição para ele. Sem o medicamento disponível, familiares de pacientes estariam pagando até R$ 12 mil a atravessadores, cerca de oito vezes mais que o preço médio. O desabastecimento começou em maio.

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Cinco empresas têm autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercializar a Poliximina injetável no Brasil. Os laboratórios afirmam que houve um aumento na demanda e por isso, foi necessário prorrogar os prazos de entrega.

Os estados afetados são:

Acre
Alagoas
Amapá
Distrito Federal
Goiás
Maranhão
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
Pará
Paraíba
Paraná
Pernambuco
Roraima
São Paulo

Em maio, a Sociedade Brasileira de Infectologia comunicou à Anvisa "a preocupação da classe médica com o desabastecimento da Polimixina observada em todas as regiões brasileiras há vários meses”, e pediu prioridade para o uso do medicamento em serviços de saúde.

Em junho, a Anvisa autorizou a importação do remédio de forma excepcional e temporária. Alguns hospitais particulares têm comprado o antibiótico fora do país.

O Ministério da Saúde informou que não há compra centralizada da Polimixina e que os gestores locais são responsáveis pela aquisição.

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