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Bolsonaro reafirma que vacina chinesa não será comprada: "É decisão minha. Existe descrédito muito grande"

O imunizante é desenvolvido em parceria entre laboratório chinês Sinovac Biotech e o Instituto Butantan
12:36 | Out. 22, 2020
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reafirmou que a Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech contra a Covid-19, não será adquirida pelo Governo Federal. Ele também afirmou que não será obrigado a fazer uso do imunizante. As informações são do jornal O Globo.

A vacina é testada no Brasil pelo Instituto Butantan. Bolsonaro alegou em entrevista à Jovem Pan nessa quarta-feira, 21, que existe um "descrédito muito grande" em relação ao imunizante e sugeriu que não aceitará ser vacinado contra a doença.

"A da China nós não compraremos, é decisão minha. Eu não acredito que ela transmita segurança suficiente para a população [inaudível]. Esse é o pensamento nosso. Tenho certeza que outras vacinas que estão em estudo poderão ser comprovadas cientificamente, não sei quando, pode durar ano", disse o presidente.

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Bolsonaro continuou mencionando um suposto descrédito em relação à vacina. "A China, lamentavelmente, já existe um descrédito muito grande por parte da população, até porque, como muitos dizem, esse vírus teria nascido por lá", afirmou.

Apesar de ser alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro desde as eleições de 2018, a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Os produtos incluídos nessa relação vão de roupas e aplicativos até soja e petróleo. 

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Presidente desautorizou Ministério

 

Na manhã de quarta-feira, 21, menos de 24 horas após o Ministério da Saúde anunciar que tem a intenção de adquirir 46 milhões de doses da Coronavac, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o ministro Eduardo Pazuello.

Bolsonaro disse que o imunizante contra o novo coronavírus "não será comprado" pelo governo brasileiro. O mandatário ainda afirmou que Pazuello se "precipitou" ao assinar o protocolo de intenções para adquirir 46 milhões de doses da Coronavac. 

Para o presidente, ele deveria ter sido avisado antes da decisão ser tomada. Apesar disso, fez elogios a Pazuello e disse que o ministro permanece no cargo.

"Eu sou militar, o Pazuello também é, e nós sabemos que quando um chefe decide, o subordinado cumpre. Ele, no meu entender, houve uma certa precipitação em assinar esse protocolo. É uma decisão tão importante, e eu deveria ser informado", comentou.

Ainda conforme Bolsonaro, Pazuello é um dos melhores de seu quadro de ministros. "Conversei há pouco no zap com o Pazuello, sem problema nenhum, meu amigo de muito tempo, ele continuará ministro. E eu digo mais: ele é um dos melhores ministros da Saúde que o Brasil já teve nos últimos anos.

Ao falar sobre a necessidade da aprovação da Anvisa para que uma das vacinas seja distribuída no país, Bolsonaro defendeu que não se pode "brincar" com vidas humanas, "e muito menos querer fazer política".

O presidente ressaltou ainda que a vacina vai demorar e que existe uma "tentativa de se explorar politicamente" o calendário de vacinação contra o novo coronavírus. Segundo Bolsonaro, previsões de datas são "inoportunas", "porque nós não temos um indício ainda de quando é que a última fase de uma possível vacina vai se provar como eficaz".

"Eu não tomo a vacina, não interessa se tem uma ordem, seja de quem for, aqui no Brasil para tomar a vacina, eu não vou tomar a vacina", comentou Bolsonaro.


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