De desacreditado a líder do tri: Scaloni se consagra no comando da Argentina

Entre tantos treinadores argentinos aclamados no futebol mundial, Lionel Scaloni foi eficiente em controlar o vestiário argentino e soube montar uma equipe competitiva para encerrar o jejum de 36 anos da Albiceleste

Quatro anos depois de ser auxiliar na Copa de 2018, Lionel Scaloni se consagra com o tricampeonato da Argentina. Aos 44 anos, chegou ao Catar como o técnico mais jovem da competição. Depois de assumir a Albiceleste quase por acaso, o ex-lateral foi responsável por comandar o grupo que finalmente fez do astro Messi campeão mundial ao bater a França nos pênaltis.

Com a queda da seleção argentina para a própria França nas oitavas de final da Copa do Mundo da Rússia, o técnico Jorge Sampaoli foi demitido. Scaloni, então, foi chamado para treinar a equipe sub-20. Pouco tempo depois, assumiu o grupo principal na condição de interino.

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Sob olhares desconfiados, foi efetivado em novembro do mesmo ano. Na Copa América de 2019, a seleção argentina foi eliminada nas semifinais para o Brasil, mas naquele momento, o técnico já havia conquistado a confiança dos jogadores mais experientes. Em 2021, levou a Argentina à conquista da Copa América contra a seleção brasileira, além da Finalíssima diante da Itália. Nas Eliminatórias para o Mundial, a Albiceleste fez a segunda melhor campanha, atrás apenas da Amarelinha.

Para a Copa do Mundo do Catar, o clima da "Scaloneta" era de esperança. A Argentina chegou ao país árabe com a marca de 36 partidas de invencibilidade e uma das grandes favoritas ao título. No entanto, logo no primeiro desafio no Catar, a decepção: derrota para a Arábia Saudita. Os comandados de Scaloni precisavam, assim, somar pontos contra México e Polônia para avançar à fase mata-mata.

A derrota para os sauditas na estreia por 2 a 1 acendeu todos os alertas possíveis. Foi então que Lionel Scaloni resolveu fazer uma mudança geral na equipe. O técnico tirou nomes experientes da equipe titular e apostou em jovens promessas.

As entradas de Enzo Fernández e Julián Álvarez nos lugares de Papu Gómez e Lautaro Martinez foram fundamentais para a recuperação do setor ofensivo dos "hermanos". Os jogadores passaram a dar suporte para Lionel Messi brilhar, além de proporcionar maior poder de criação para o time.

Sob o comando de Scaloni e liderança de Messi, a seleção avançou às oitavas e deixou para trás a Austrália. Posteriormente, bateu a Holanda (quartas) e Croácia (semifinal) até vencer os franceses e sagrar-se tricampeã mundial. Após a conquista histórica, o treinador argentino chorou e ressaltou a alegria com a conquista.

“Ainda não conseguimos nos dar conta deste momento. É uma coisa incrível disfrutar isso. Eu sei que sempre falamos da família, mas se meu pai estiver me vendo e minha mãe também eles me deram uma maneira de entender que eu não podia nunca desistir. É importante entender que não só eu, mas qualquer outro treinador, quer fazer as coisas bem. É uma alegria”, disse em entrevista à Fifa.

Entre tantos treinadores argentinos consagrados no futebol mundial, Scaloni foi eficiente em controlar o vestiário argentino e soube montar uma equipe competitiva. O grupo acreditou e comprou a ideia de jogo do treinador que entra para a história ao acabar com o jejum de 36 anos da Albiceleste em Copas do Mundo.

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