Trilhas no Quixadá: 4 indicações incríveis e quais cuidados tomar

Trilhas em Quixadá: veja 4 indicações incríveis e cuidados recomendados

Para quem gosta do ecoturismo, o sertão cearense oferece paisagens rochosas; confira 4 indicações incríveis e cuidados recomendados

As trilhas têm ganhado destaque entre as atividades físicas praticadas no mundo, principalmente entre aqueles que amam combinar turismo com o ambientalismo. Quixadá, no Ceará, é um dos destinos que têm ganhado espaço no ramo.

Localizado a cerca de 170 km de Fortaleza, o município é conhecido pela sua paisagem rochosa, típica do sertão cearense.

Além disso, pode ser conhecida pela sua cultura como a terra de Rachel de Queiroz, escritora cearense, ou como a “Terra da Galinha Choca”, pedra/monólito considerado o cartão-postal da cidade.

“É possível encontrar opções para caminhadas, escaladas e rapel, proporcionando vistas panorâmicas da cidade e da caatinga. Paisagens únicas!”, diz Rutielle Queiroz, uma das donas da Agência Filhos da Escalada e guia de trilhas.

Por isso, O POVO entrevistou profissionais do turismo para indicar trilhas no Quixadá, que podem variar em dificuldade a depender do ponto escolhido, para quem visita o município.

Quixadá: 4 indicações de trilhas

Trilha da Caverna dos Ventos

Localizada no complexo do Açude do Cedro, a Caverna dos Ventos revela uma junção de cenários naturais e o lembrete de Quixadá como a “cidade dos OVNIs”, segundo moradores que relataram casos de abdução, também pela ponta de uma rocha que lembra o formato da cabeça de um extraterrestre.

A caverna foi resultado de uma má formação do monólito. Sua forma e altura atraem ventos fortes, sendo, por esse motivo, apelidada de “Caverna dos Ventos”.

Mesmo sendo uma trilha considerada relativamente curta por agências de turismo pelos 1,2 km de caminhada, é intensa pelos seus desníveis, sendo um grande desafio em um pequeno espaço. Por isso, é mais indicada para trilheiros experientes.

Trilha da Galinha Choca

Considerada o cartão-postal da cidade, a Pedra da Galinha Choca é um dos principais destinos para quem visita Quixadá. Fica localizada no Açude do Cedro, o primeiro açude construído no Brasil.

Os aproximadamente 380 metros de altura do monólito permitem uma visita pelas paisagens locais, como as barragens construídas por retirantes na época da seca do início do século XX.

Sobre o tempo de subida e condicionamento físico requisitado, a guia Rutielle Queiroz explica que o turista deve apresentar preparação física mínima.

“Vamos no tempo dos aventureiros. Se ele quiser ir mais rápido, vamos. Se quiser ir mais devagar, vamos também”, completa sobre o ritmo de subida/escalada.

Trilha da Pedra do Eurípedes

O complexo rochoso da Pedra do Eurípedes está localizado no Açude dos Eurípedes, referência ao nome da pedra. A visão da pedra, às margens da BR-122, é do clássico sertão cearense.

É uma trilha que requer escalada e auxílio de corda, por isso, não é tão simples. Trilheiros que passaram pela Pedra do Eurípedes destacam dificuldades durante a subida com recorrência, que deve ser feita com um guia.

Trilha da Pedra do Lemos

Mesmo sendo considerada mais curta em relação às outras, a trilha da Pedra dos Lemos também requer preparação por parte do trilheiro pela possibilidade de encarar dificuldades no percurso.

Durante a trilha, é possível encontrar construções feitas de pedra, sendo uma atividade para quem quer saber mais sobre a arquitetura da cidade e admirar paisagens.

A pedra também está localizada nas proximidades do Açude do Cedro e do Remanso da Paz, casa de acolhimento para idosos.

Trilhas no Quixadá: confira cuidados recomendados pelo Corpo de Bombeiros

  • Deixar alguém sob aviso sobre o seu trajeto e o horário de retorno;
  • Levar consigo somente o necessário, como água, alimentos leves, lanternas, baterias, apito e identificação;
  • Usar roupas confortáveis e o calçados ideais, que não escorreguem e sejam confortáveis;
  • Procurar um guia, principalmente se o local é desconhecido ou há insegurança;
  • Realizar a trilha em grupos de, pelo menos, três pessoas para, caso alguém se acidente, uma acompanha a vítima e a outra busca ajuda;
  • Ir na época recomendada para evitar acidentes;
  • Acionar o número 193 em caso de emergência.

Trilhas no Quixadá: em que época do ano fazer e nível de dificuldade

Quixadá, por ter trilhas que podem apresentar dificuldades por seus monólitos, tem épocas do ano mais recomendadas que outras. Segundo a turismóloga Edilene Sousa, seria entre julho e agosto, o período pós chuva.

Durante o verão, as pedras ficam mais quentes e escorregadias. A temperatura delas aumenta pela quantidade e, principalmente, por estarem situadas no sertão, onde o clima é mais seco e quente.

A situação das pedras determina também quem está habilitado a fazer as trilhas em certos períodos. A legislação para o Turismo de Aventura, do Ministério do Turismo, exige uma classificação de dificuldade de acordo com os fatores da atividade, como o percurso, obstáculos e altitude.

O que pode determinar o nível de dificuldade é a programação da trilha feita por guias para determinados públicos. Desta forma, o que é fácil para um guia, é difícil para quem participa pela primeira vez, por exemplo.

“As orientações têm que ser passadas corretamente ou casos, como traumas nos participantes e falta de preparo, podem elevar a atividade a riscos, como acidentes pelo caminho ou desistência do participantes, fazendo da experiência um péssimo momento”, explica Edilene Sousa.

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