Morre Jimmy Cliff; saiba quem é a filha brasileira do ícone do reggae
O cantor morreu aos 81 anos devido a complicações de pneumonia. Ele deixa três filhos, incluindo a brasileira Nabiyah Be, que trilhou sua própria carreira artística.
O cantor jamaicano Jimmy Cliff, um dos nomes mais influentes da história do reggae, morreu aos 81 anos. A notícia foi confirmada pela família por meio do perfil oficial do artista no Instagram.
Segundo o comunicado, ele sofreu uma convulsão seguida de pneumonia. A esposa, Latifa, pediu privacidade e informou que novos detalhes serão divulgados posteriormente, agradecendo o carinho dos fãs que acompanharam a trajetória do músico ao longo das décadas.
A seguir, conheça mais sobre o artista e a carreira da filha brasileira, Nabiyah Be.
Jimmy Cliff: a despedida de uma lenda do reggae
Jimmy Cliff deixa três filhos: Lilty, Aken e a brasileira Nabiyah Be, fruto de seu relacionamento com a artista visual Sônia Gomes.
A cantora, que sempre manteve forte vínculo com o pai, compartilhou momentos musicais ao lado dele em suas redes sociais, incluindo a ocasião em que lhe apresentou seu álbum lançado em março deste ano.
Como Jimmy Cliff conheceu a mãe de Nabiyah
Nabiyah Be já revelou em entrevistas que o encontro de seus pais teve um toque especial. Foi a cantora Margareth Menezes quem apresentou Jimmy Cliff e Sônia Gomes, durante uma cerimônia de ayahuasca em uma praia de Salvador.
A artista define sua origem como “uma união sagrada”, marcada pelo cruzamento entre a cultura baiana e a espiritualidade que permeou a vida do casal.
A brasileira também conta que nasceu e foi criada na capital baiana. Sua mãe decidiu deixar São Paulo ao engravidar, para que a filha pudesse crescer em um ambiente em que se reconhecesse.
Jimmy Cliff viveu com elas em Salvador até que Nabiyah tivesse cerca de 9 a 11 anos.
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Nabiyah Be: conheça vida da filha de Jimmy Cliff
Batizada em uma comunidade ayahuasca, filha de pai jamaicano e mãe paulista, Nabiyah Be sempre se definiu como fruto de múltiplas influências. Seu nome, de origem árabe, significa “a inteligência da profeta feminina”, e ela afirma carregar esse simbolismo com orgulho.
Nabiyah enfatiza que, apesar das turnês ao lado do pai, sua adolescência foi “profundamente baiana”.
Desde cedo, encontrou no palco o espaço onde sua identidade artística floresceria. Aos 5 anos, subiu pela primeira vez a um palco; aos 7, já acompanhava Jimmy em turnês pelo mundo, num esforço do músico para manter a família próxima.
Em uma dessas apresentações, ainda muito pequena, correu para o palco e se recusar a sair acabou lhe rendendo o direito de cantar uma canção inteira: “Me abraça e me beija”, de Lazzo Matumbi.
A partir dali, passou a dividir apresentações com o pai, unindo versos em inglês e português.
Também cantou com Margareth Menezes quando criança. Duas décadas depois, reencontrou a artista para gravar “Querera”, do álbum Autêntica.
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A mudança para os EUA e a descoberta no teatro
Nabiyah fez teatro aos 11 anos, apaixonou-se pela arte e nunca mais abandonou o palco. Mesmo vivendo entre ônibus de turnê, ela afirma que Salvador moldou sua personalidade com convivência, diversidade e troca cultural.
Aos 18 anos, se mudou para Nova York, nos Estados Unidos, para estudar e mergulhou na cena teatral local.
Atuou no circuito off-Broadway, fez teatro imersivo, participou de grandes produções e se apresentou em bares dedicados à música brasileira.
Nabiyah Be: de Pantera Negra a Daisy Jones & The Six
O talento de Nabiyah alcançou Hollywood. Em 2018, ela estreou no cinema interpretando Linda, uma das vilãs de “Pantera Negra”, o primeiro grande filme da Marvel protagonizado por um super-herói negro.
Mais tarde, conquistou ainda mais reconhecimento ao viver Simone Jackson na série “Daisy Jones & The Six” (Prime Video), inspirada no livro de Taylor Jenkins Reid.
Em cena, sua personagem é peça fundamental na narrativa: uma pioneira da disco music, dona de uma história marcada por resistência, identidade e reinvenção — temas que ecoam fortemente na trajetória pessoal da artista.