Artistas cearenses participam da feira SP-Arte Rotas, em São Paulo
Quinze artistas cearenses participam da exposição SP-Arte Rotas, em São Paulo, que buscam descentralizar o olhar sobre a produção de arte no Brasil
11:34 | Ago. 26, 2025
A quarta edição da feira SP-Arte Rotas, que inicia na quarta-feira, 27, recebe obras de 15 artistas cearenses. Por meio da galeria Cave, de Fortaleza, os expositores participam do evento em São Paulo com o projeto "Território onírico".
Leia no O POVO | Hobbies manuais: onde aprender cerâmica em Fortaleza? Veja cursos
Com obras de artistas como Charles Lessa, Jane Batista, Júlio Jardim e Navegante Tremembé, os participantes apresentam pinturas, fotografias e esculturas, com curadoria do crítico de arte Lucas Dilacerda.
As obras trabalham temas como o inconsciente e a ancestralidade e ficam em cartaz até o domingo, 31, na Arca, espaço de realização de eventos localizado no bairro Vila Leopoldina, na Zona Oeste de São Paulo. Lucas Dilacerda define as obras como um "encontro entre imaginários muito distintos que, quando colocados lado a lado, constroem um campo de força".
LEIA TAMBÉM | Netflix, HBO Max e Disney+: veja lançamentos da semana no streaming
"Minha intenção foi justamente permitir que cada obra funcionasse como uma porta de entrada para dimensões que escapam ao controle racional: seja pelo atravessamento do inconsciente, seja pela memória ancestral que insiste em permanecer viva", conta o curador. O evento SP-Arte Rotas tem como objetivo "descentralizar o mercado de arte no Brasil" e é considerado uma das iniciativas mais importantes no campo das artes visuais e plásticas no País.
Artistas cearenses na feira Rotas Brasileiras
Natural de Crato, Charles Lessa leva à exposição pinturas surrealistas a partir de uma perspectiva queer.
O fortalezense Júlio Jardim, por sua vez, assina esculturas cujas formas hibrídas entre animais e plantas remetem à união entre seres separados na colonialidade.
Feitas com pigmento natural colhido da terra, as obras de Navegante Tremembé retratam a conexão indígena com a natureza por meio de paisagens oníricas.
Também estão na lista os cearenses Acidum Project, Bárbara Banida, Blecaute, Canttídio, Cristina Vasconcelos, Gi Monteiro, Letícia Façanha, plantomorpho, Ramon Alexandre, Rian Fontenele, Sérgio Gurgel e Telma Gadelha, que expõem trabalhos em formatos pequenos. E a fotógrafa Jane Batista, do Piauí e radicada no Ceará, que apresenta autorretratos performáticos que retratam a sua história de vida e ancestralidade.
Para Lucas Dilacerda, "todos eles, a seu modo, acionam o sonho como linguagem estética e política, como ferramenta de sobrevivência e reinvenção". Nesse sentido, o crítico de arte descreve seu trabalho na exposição como uma costura cujo propósito é, conforme Lucas Dilacerda, "criar um espaço em que essas diferenças possam coexistir e, no encontro, instaurar o que chamo de território onírico".
Conheça os artistas cearenses
No Instagram: @cavegaleria, @lucasdilacerda, @chrlslssa, @anjo.batista, @juliocjardim e @navegante.tremembe