Quiet On Set: conheça o documentário sobre os abusos na Nickelodeon

Com declarações polêmicas, o Quiet on Set vem trazendo diversas alegações sobre produtores e pessoas envolvidas dentro do canal de televisão Nickelodeon

Um documentário vem agitando os bastidores do entretenimento. O "Quiet On Set" foi lançado recentemente nos Estados Unidos e conta com relatos de atores e pais que estiveram envolvidos em assédios e agressões sexuais dentro do canal de televisão infanto-juvenil Nickelodeon.

Um dos nomes mais citados durante os episódios foi o do produtor Dan Schneider, responsável por produzir séries de sucesso como "Drake & Josh", "iCarly" e "O Show de Amanda".

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Schneider deixou a Nickelodeon em 2018 após uma investigação interna sobre seu comportamento supostamente abusivo e exigente no set. O produtor negou as acusações de má conduta.

O próximo episódio do documentário, que será o quinto, vai trazer novamente Drake Bell, que esteve presente no terceiro episódio e promete trazer mais revelações chocantes.

Quiet on Set: onde assistir

Por enquanto, a série documental, lançada em 7 de março, é reproduzida pelo serviço de streaming MAX e segue com exclusividade nos Estados Unidos, ainda sem perspectiva de lançamento no Brasil.

Porém, diversos meios alternativos já disponibilizam alguns episódios do documentário legendado.

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Quiet on Set: polêmicas retratadas ao longo do documentário

O documentário em si traz focos em diferentes vertentes, em que ambas mostram relatos de funcionários, atores, pais de atores, todos com revelações chocantes. Confira algumas destas denúncias.

Drake Bell

Drake Bell foi um dos nomes que mais surpreenderam. O ator revelou ter sido abusado sexualmente na infância por seu ex-treinador de diálogos, Brian Peck. Durante o documentário, foi revelado que o pai do ator já havia levantado uma forte desconfiança com Peck.

Porém, logo após ser afastado pela mãe de Drake do cargo de gerente de carreira do ator, o pai teve que ver a aproximação do seu filho com o homem que mais tentou afastar. Durante o documentário, o próprio Drake confessou que essa desconfiança foi condizente.

Em sua entrevista, Drake afirma: "apenas pense nas piores coisas que alguém poderia sofrer. Foi isso", ao se referir sobre seus abusos sofridos.

Com a aproximação de Peck e Bell, o ator mirim chegou a dormir na casa do treinador e tiveram diversas viagens, já que, após o afastamento do pai, o homem se ofereceu para ser tutor do filho de Drake, o que foi aceito pela mãe.

Foi ali que os abusos começaram, e embora o astro não tenha especificado toda a violência que sofreu, os autos do processo são apresentados no documentário, evidenciando que Bell teria sido vítima de diversas agressões.

The Amanda Show

Uma estrela mirim que teve grande fama durante o final dos anos 90 em programas da Nickelodeon foi Amanda Bynes, que atualmente tem 36 anos. Foi exemplificado que o sucesso espontâneo da atriz teria sido impulsionado por indicações de Dan Schneider.

Porém, pessoas envolvidas no show de Amanda chegaram a passar por processos de condenação. Jason Hardy, assistente de produção no programa, teve diversas acusações de cunho pedófilo. O caso mais grave envolvendo Jason foi o abuso de uma atriz mirim convidada para a série Primo Skeeter. Ela teria sido abusada em sua própria casa, em 2000.

Hardy foi preso em abril de 2003 depois que a Polícia recebeu uma denúncia. Durante a operação na sua residência, foram encontradas mais de 10 mil fotos de crianças, mais de 1.700 imagens de meninas em poses eróticas e sete vídeos em um CD, que traziam menores envolvidos em conduta sexual explícita.

Christy Stratton, uma das duas escritoras da equipe do The Amanda Show, afirma que "trabalhar para Dan era como estar em um relacionamento abusivo". Stratton e sua colega escritora Jenny Kilgen alegam que elas, como escritoras da equipe, foram forçadas a dividir seus salários e foram ameaçadas por Schneider.

Além disso, Kilgen afirma que quando ela voltou como escritora para a 2ª temporada do programa foi oferecido a ela um contrato que a forçou a trabalhar por 11 semanas sem remuneração. De acordo com Quiet on Set, Schneider nega as alegações de Kilgen, afirmando que ele “não tinha controle sobre os salários”.

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A recorrência de piadas inapropriadas

Quiet on Set também cita uma imagem em que Schneider aparece totalmente vestido sentado em uma banheira de hidromassagem com Amanda Bynes, que vestida de maiô como um indicativo do humor impróprio de Schneider e do relacionamento próximo entre Schneider e a jovem estrela.

Bryan Hearne, o único ator negro durante a gestão Schneider nas temporadas da série All That, também detalha um ambiente desconcertante. Ele conta que foi escalado como traficante de biscoitos de escoteiras em uma cena que imitava um cenário de tráfico de drogas, e foi informado de que seu tom de pele era “carvão” ao se preparar para uma fantasia.

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